Carlos P. Novaes |
É interessante. Vamos contar uma
pequena história sobre o número p, contada
por um matematiqueiro, que não possui lá este conhecimento, mas sabe enxergar e
ver o que está certo e o que está errado e o que são só suposições, que alguns
acham que é magistral mas precisa ser criticada e aqui o faremos. Que me perdoe
aqueles que não gostam. Paciência!
O número p, que
representa a área do círculo de raio unitário, foi estudada por muitos sábios
do nosso passado e o mais famoso foi Pitágoras, que o estudou e ao que parece
mediu esta área primeiramente, daí o nome desta letra grega, p, símbolo
de seu maior estudioso.
Mas vejam, o que ele estudou foi à
área do círculo unitário.
figura 1 Círculo de raio unitário
estudado por Pitágoras.
Bem, isto é o que entendi da
historia, embora a equação valha para qualquer raio.
Muito bem, de lá para cá, este tema
ficou no palco por séculos e séculos e até milênios e foi estudado
exaustivamente até por outros sábios, usando cálculo integral e hoje é estudado
até através de computadores colossais, que o calcula, vejam, com milhões de
casas decimais. Hoje se sabe que as características do círculo do perímetro, PC,
e da área do círculo, AC, vejam, nós não vamos nem falar da área
superficial e do volume da esfera são:
AC =p1r2
e Pc= 2. p2.r 1
Pois
muito bem, tudo o que se fez até hoje se refere à área do circulo, mas e sobre
o p
do perímetro? Alguém diz alguma coisa? Ora o que se sabe é o que indica a
equação 1, referendando que os dois p são
iguais, o p1 e o p2. Mas
será que isto é rigorosamente certo?
Mas eu
pergunto aos senhores: existe algum trabalho importante sobre o p
referente ao seu perímetro? Eu sinceramente nunca vi nada. Os matemáticos
simplesmente assumiram que este e outros p são
iguais e jogam na nossa garganta, na marra, e ainda o calculam com milhões de
casas decimais e as pessoas ainda admiram este procedimento. Vejam, nem falei
da esfera, só do círculo, mas tem p, de
séries, de integrais definidas até o infinito. Uma pá de p. Sei
não!
Tenho notado, não sei se isto é só impressão
minha, que quando se fala em p, só se
enfatiza o p1
referente à área do circulo. Ninguém fala nada, pois eu nunca vi nadinha, que
demonstre o p2,
referente ao perímetro do círculo, P=2*p.r. Por
isto, fiz numa tabela Excel os cálculos do p1
referente à área e o p2 do
perímetro, utilizando um circulo de raio unitário. A tabela que ponho neste
artigo é pequena, com dez divisões, só para mostrar a metodologia, mas em outra
tabela eu os calculei com uma tabela Excel enorme. Na tabela 1, na coluna 1, a
ordem, na 2, os X, na 3, os Y = (1-X2)0,5, na 4, os
diversos valores dos dA, que são subáreas do diversos intervalos, admitindo-as
como trapézios, calculado de acordo com o livro Cálculo, um novo horizonte, na
5, o somatório das áreas, que, para o nosso semicírculo deu que era 0,776, que
se multiplicado por 4, daria um p1 da área
igual a 3,1045. Na 6, os diversos perímetros referentes aos intervalos usando para
o cálculo o teorema de Pitágoras, metodologia bem simples, e na 7, os
somatórios dos perímetros do semicírculo, que deu 1,566, que se multiplicado
por 4 dá um p2 referente
á área igual a 3,132, portanto diferente do primeiro p1, que deu
3,1045. Depois disto eu, em casa, uma outra tabela, já com 30000 divisões,
encontrei que o p1
referente à área deu 3,141592427 e que o p2
referente ao perímetro deu 3,14159170, diferente do primeiro p1.
A minha
pergunta é: será que estes p, o referente
á área e o referente ao perímetro, são mesmos iguais, que alguns calculam até
com milhões de casas decimais? Como os calculam?
Tabela 1 para o cálculo de p da área
e do perímetro do circulo de raio igual a 1 com dez divisões e de acordo com o
livro Cálculo, um novo horizonte.
1
|
2
|
3
|
4
|
5
|
6
|
7
|
Ordem
|
X
|
Y=f(X)
|
dA
|
A
|
dP
|
P
|
0,0
|
0,0
|
1,000
|
0,0000
|
0,000
|
||
0,0997
|
0,1001
|
|||||
1,0
|
0,1
|
0,995
|
0,0997
|
0,100
|
||
0,0987
|
0,1011
|
|||||
2,0
|
0,2
|
0,980
|
0,1985
|
0,201
|
||
0,0967
|
0,1033
|
|||||
3,0
|
0,3
|
0,954
|
0,2952
|
0,305
|
||
0,0935
|
0,1068
|
|||||
4,0
|
0,4
|
0,917
|
0,3887
|
0,411
|
||
0,0891
|
0,1120
|
|||||
5,0
|
0,5
|
0,866
|
0,4778
|
0,523
|
||
0,0833
|
0,1198
|
|||||
6,0
|
0,6
|
0,800
|
0,5611
|
0,643
|
||
0,0757
|
0,1318
|
|||||
7,0
|
0,7
|
0,714
|
0,6368
|
0,775
|
||
0,0657
|
0,1518
|
|||||
8,0
|
0,8
|
0,600
|
0,7025
|
0,927
|
||
0,0518
|
0,1922
|
|||||
9,0
|
0,9
|
0,436
|
0,7543
|
1,119
|
||
0,0218
|
0,4472
|
|||||
10,0
|
1,0
|
0,000
|
0,7761
|
1,566
|
||
0,776
|
1,566
|
Vejam, eu não digo que é e nem que
não é: eu só quero saber.
Pela minha maneira de ver, de
matematiqueiro, o p efetivamente certo só seria 3,14159,
o resto só seriam incertezas. Para os p referentes
à área superficial da esfera e ao volume com o raio unitário, eu não calculei.
Depois a gente conversa.
Vocês não acham que estes órgãos,
que estudam e ensinam matemática, geometria, deveriam se manifestar sobre este
assunto?
Depois dizem que o professor Novaes
não entende de nada, que só diz besteiras e lá vai.
Tem alguma coisa errada aqui? Algum
questionamento errado?
Eu peço aos divinos mestres que se
manifestem
Pois bem, eu vou preparar um livro
sobre este assunto.
Para quem não sabe, Nemoc é o
Núcleo de ensino da matemática “Omar Catunda”, da Universidade Estadual de
Feira de Santana, que foi fundado pelo eminente Professor Dr. Carloman Carlos
Borges, ao qual inclusive eu ofereço este pequeno problema para resolver. Eu só
peço uma coisa. Não me chamem novamente de Nostradamus SOS do Rancho Fundo
porque ai eu vou processar. Perguntar não é crime: é dever de todo cidadão
formado por esta educação terrível que temos hoje em dia. Eu pergunto: como é
que se prova que os dois p da,
equação 1, são iguais e são um número que eles chamam de irracional e outros
adjetivos mais?
Para quem não sabe, o numero p mais
importante não é o referente à área, p1, mas o
do perímetro, p2, que
outro famoso filósofo grego, Euclides, mais ou menos dois séculos depois de
Pitágoras, usou para formular a teoria dos senos, dos cosenos etc, a nossa trigonometria,
e que se utilizou do p de Pitágoras na época, eu presumo,
que era referente à área do círculo.
Bem, o que deduzi aqui foi estudado
e deduzido do livro “Cálculo, um novo horizonte”.
Ao que parece, todas as funções que
se utilizam de relações trigonométricas deveriam ser revistas, pois elas não
estão rigorosamente certas, até que alguém prove “textualmente” que o referente
à área do círculo, p1, seja
rigorosamente igual ao do perímetro, p1.
Será que eles são mesmos iguais ou
isto não é verdadeiro? È sofisma mal provado?
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