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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

OS REFLEXOS DA GREVE

Hugo Navarro Silva
A greve dos rodoviários surpreendeu a maior parte da população feirense na última terça-feira, provocou  intranquilidade, deu enormes prejuízos ao comércio e causou  justificada apreensão em todos os setores da vida local. Feira de Santana, pujante no seu desenvolvimento, mostrando arrojo raramente visto no crescimento de seu comércio e consequente aumento de população, que não para de crescer  fazendo de suas ruas concorridas, extensas, vivas eálacres feiras livres, necessita de transporte eficiente, a coluna vertebral dos centros  florescentes e  progressistas.
Feira de Santana é vista quase como milagre no meio do modorrentomarasmo dos municípios sertanejos da Bahia, onde o progresso é lento, limitado a certas áreas e a falta de dinheiro,  sufocando cofres públicos, não deixa aos administradores caminho que não o de pedintes às portas da malandragem governamental, ou o da espera das  famosas verbas  arranjadas por legisladores geralmente com foguetório e expectativas, certos, como D. Quixote, de que  mais vale boa esperança  do que posse problemática. No caso de Feira de Santana há motivos para acreditar que somadas todasas verbas destinadas ao nosso Município, nos últimos tempos, dariam para a aquisição deterreno destinado a abrigar o da Universidade  Federal do Recôncavo, que parece andar às esmolas.
O nosso Município vive delicados momentos de afirmação e consolidação  do que  tem conquistado no concerto dos municípios brasileiros. Não pode vacilar nem agir de forma irresponsável na construção de seu futuro sob pena de retrocesso cujas consequências ninguém poderá prever, pondo em risco tudo o que já conquistou. Há políticos de toda sorte, alguns bem vestidos e bem falantes, mas potencialmente perigosos para o futuro de Feira de Santana. O desenvolvimento de que  hoje  Feira desfruta é frágil, ainda não se consolidou inteiramente. É preciso nãoesquecer a história, que ainda está viva, na Bahia, de municípios florescentes, orgulhosos de suas conquistas, cujos habitantes e negócios estavam mais ligados ao exterior e ao sul do país do que  às pobres cidades  deste Estado. Em pouco tempo toda a riqueza e empáfia dos que viviam naqueles pedaços do território bahiano desapareceram quase inteiramente. E não se vislumbra esperança de recuperação em pouco tempo. Feira de Santana precisa agir como  personagem de Cervantes, o Licenciado Vidrieia, que se convenceu de que era feito de vidro dos pés  à cabeça. Feira de Santana, sob muitos aspectos, é feita de vidro, que se pode quebrar a qualquer momento. Fatos como o da greve de terça-feira, causadores de prejuízos e de retrocessos, podem ser demolidores. Não a greve propriamente dita, em que trabalhadores agiamna defesa do que lhes era devido, mas como o movimento se desenvolveu, intranquilizando toda a cidade. Parar ônibus nas principais vias públicas, em pleno centro comercial, com a visível intenção de estrangular o comércio e lhe impor injustos, irrecuperáveis  prejuízos; agredir pessoas, como aconteceu com jornalista conhecido, foram atos de vandalismo, baderna e lamentáveis bravatas que ultrapassaram os limites do tolerável. É verdade que as agressõesao direito de  locomoção de toda a comunidade, as ameaças de desordens, que forçaram muitos dos negociantes a cerrar portas, a preocupação de tentar atirar a culpa dos distúrbios sobre o prefeito municipal e os ataques ao sistema BRT, que a Prefeitura está  querendo instalar na cidade, têm assinatura   facilmente identificável. Necessário, portanto, dizer que ninguém entrou em Feira em trem blindado para promover  a desordem e dela tirar proveito.


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