Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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domingo, 7 de novembro de 2021

A FEIRA QUE VIVI - III

ROQUE ARAS
 

A FEIRA QUE VIVI - II


As reuniões políticas eram realizadas nas residências dos chefes de partidos. Compareci a algumas em casa do vereador Leopoldo Cabral (PTB), com a presença do deputado Joel Presídio. Fizeram- me secretário de sua ala jovem. Claudemiro Suzart, ferrenho getulista, reiterado candidato à vereança e dono da popular Farmácia Campos, era conhecido por seus discursos . Revoltado por andarem espalhando que ele não era feirense, Claudemiro, em comício, dizendo que nascera em Feira, bem ali na Rua do Meio, perguntou do palanque o que ele era então? E entre a multidão alguém gritou, encerrando o discurso do orador: "filho de p...". A Rua do Meio, atual Sales Barbosa, era a artéria do meretrício...

A Prefeitura abrigava no térreo o gabinete do Prefeito e secretarias, e no andar superior Justiça/salão do júri/Câmara de Vereadores. O prédio da Cadeia Pública hoje abriga a Casa da Cidadania.

A cidade contava com o Feira Tênis Clube como centro social da elite. Altaneira, a Euterpe Feirense conseguiu sobrevier às centenárias Vitória e 25 de Março como clube da classe média, devido ao seu abnegado patrocinador Hermínio Santos. As

Filarmônica 25 de Março

outras, embora ainda vivas, são mantidas por alguns idealistas, continuando a 25 de Março até pouco tempo (?) a receber aqueles que não podem passar sem seu pocker, dama, dominó ou xadrez. Tais sociedades conhecidas como filarmónicas, tiveram importante papel na vida social, cultural e até beneficente de Feira de Santana, alegrando, educando e ajudando seus sócios como órgãos assistenciais.

         Participavam de desfiles, procissões, tocatas em fins de semana e feriados nos belos coretos das praças da Matriz, Bernardino Bahia, Fróes da Mota e 2 de julho, que para elas eram construídos; abrilhantavam os comícios; tocavam em datas comemorativas; na recepção de visitantes ilustres; em bailes sociais e festas residenciais, além de manterem escola para a formação de músicos e p

O Cine Santana de eternas lembranças
(http://ginasiosantanópolis.blogspot.com)

ara a alfabetização de jovens, depois aulas de datilografia.

Vizinho funcionava o prédio do Monte Pio dos Artistas , assistindo aos artesãos nas doenças ou às famílias quando morriam, mantendo uma tradição que vinha das corporações da Idade Média na Itália, e que, passando pela Inglaterra e Alemanha, deu origem, a partir de 1932 e de Getúlio/Lindolfo Collor, aos lAPs, hoje INSS.

O Cine Íris substituíra, anos antes, o Cine Teatro Santana localizado em frente ao Beco do Mocó de ricas lembranças cujos filmes do cinema mudo encantara os mais velhos, fosse com Chaplin ou Greta Garbo, fosse com os cowboys John Wayne, Tom Mix e Roy Roger, ou com as trapaladas da dupla Stan e Lurei (Gordo e o Magro). O velho cinema teve o mérito de também projetar a dramaturgia na sociedade, de cujos grupos participou o saudoso e persistente delegado Gilberto Costa.

Majestoso Cine Íris

    Em setembro de 1948, Pedro Matos, sócio de meu pai em caieiras no município de Araci, inaugurou sua Rádio Sociedade, com 250w de potencia, quando estávamos cansados de ouvir os pernambucanos (nossos desafetos de então Campeonato Brasileiro de futebol e da antiga Confederação do Equador), invadirem nossas casas com sua Rádio Jornal do Comércio de 10kWa de potencia e seu presunçoso bordão, Pernambuco falando para o mundo.



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Filme do Santanopolis dos anos 60