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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 28 de julho de 2020

OS ALMEIDAS - PECUARISTAS

Evandro J.S. Oliveira

No dia 20 deste mês, nos deparamos com uma nota, na postagem da série de Memórias de Arnold Silva, neste Blog,
 “1914 - Conferencia do cel. Teopompo Almeida, durante a feira de gado, sobre a pecuária baiana, precedendo um leilão de bois de raça zebu”. Ver: Teopompo Almeida - Palestra sobre pecuária

Esta nota me levou a pensar em escrever sobre Os Almeidas, muito importantes para a pecuária baiana e particulamente à região de Feira de Santana no século passado até a década de sessenta.
Teompompo não era um grande selecionador de bovinos como o era Jairo, mais um dos mais entendidos em pecuária, citado por Rollie E. Poppino em seu livro “Feira de Santana” - ... a ampla aceitação do Zebu na Bahia data de cerca 1920 e deve-se, na realidade, aos esforsos de dois criadores, o coronel Teopompo Almeida, de Poções e o coronel Jairo de Almeida, de Mundo Nôvo – o reconhecimento de Teopompo fica evidente também no nome do Parque de Exposição da cidade de Vitória da Conquista “Teopompo Almeida”.
Mas o meu conhecimento maior é do coronel Jairo Almeida, via seus filhos, principalmente Nivaldo Almeida, que foi meu colega de administração da Coperfeira, e meu vizinho de fazenda, herdada do pai, uma das seis fazendas, esta destinada a solta.
Conheci a importância de Jairo, quando eu era minimo e meu avô gostava de alardear quando vendia os bezerros, do valor da genética do Indubrasil de Jairo: “todos os meus touros vieram das Piabas, fazenda principal de Jairo Almeida”.
Vi nas Piabas o orgulho de Seu Jairo mostrando uma carta recebida do Governador do Estado de São Paulo, pedindo para cede-lo umas novilhas Indubrasil[1] com o objetivo de melhorar a genética do rebanho paulista.
Jairo Almeida construiu, possivelmente a primeira estrada de rodagem entre cidades da Bahia. A  história deste empreendimento foi me contada em detalhes por Nivaldo Almeida:
Selim que D. Sidoca montava.
Este saiote é longo vai até
os estribos. Aí é para mostrar
a posição das perna direita
Mundo Novo só tinha um veículo, Ford T (forbica), só rodava na rua, imaginemos quanta ruas tinha Mundo Novo no Princípio do seculo passado. Quando de vigem para Feira de Santana, o carro levava os passageiros e a bagagem até os limites da cidade e lá já estavam os cavalos para continuar a viagem que durava cinco dias. O que me encabula as vezes que iam também senhoras, montando de lado nas celas especias, figura ao lado, para madame, uma capa longa. Nivaldo conta que D. Sidoca, montava em uma égua e galopava, com o vento esvoaçando a saia. Esta imagem ficou marcada na fazenda quando um vaqueiro fazia uma corrida esbaforida, gritavam lá vai D. Sidoca.
Voltemos a ideia de construir uma estrada. Coronel Jairo estava em uma exposição de Uberaba, em Minas Gerais, foi convidado por um grande selecionador para ir sua fazenda ver seus animais. Tudo acertado, o motorista foi apanhá-lo no hotel, ele certo de que chegando nos limites da cidade haveria montarias para seguir ao destino. Para surpresa o carro continuou por um caminho, a cidade sumindo atrás poucas horas depois chegou a fazenda. Ficou tão apaixonado pela viagem que resolveu fazer a estrada Mundo Novo – Feira de Santana.
Jairo Almeida era filho do Coronel Tertuliano Almeida, que construiu e morou em Feira de Santana no belo Casarão, posteriormente, Hotel Solar Santana, infelizmente destruído para ser um edifício comercial.  



[1] cruzamento entre as raças Gir e Guzerá, mas também com participação de outras raças importadas da Índia, como o Ongole, Hissar, Mewati e Sindi (Santiago, 1986).


2 comentários:

  1. excelente estou em um trabalho sobre o cel.Jairo Almeida , Adelso Mota, historiador do cangaço na bahia e na nossa regiao 11 950761263 zap

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  2. meu caro estou com toda a documentaçao sobre Jairo Moreira de Almeida, filho do coronel tertuliano jose de almeida, quem e dna sidoca?

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