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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sábado, 1 de agosto de 2020

COLONIZAÇÃO DA FEIRA E REGIÃO - I

Oscar Damião
Arquivo de Adilson Simas
Oscar Damião de Almeida 2ª Vice-presidente do IHGFS Membro da ALAFS
Nota do Blog Santanópolis: Como este artigo é longo dividimos em etapas
Duas casas disputaram a posse de terras no interior da Bahia, indo em busca do sertão. Uma delas, destacou-se no conhecimento ou memória popular, a Casa da Torre. Tinha como representante Garcia DÁvila, vindo para a Bahia com o 1º  Governador do Estado, Tomé de Souza  a quem serviu como almoxarife e controlador de tudo que vinha da Europa para edificar a cidade de Salvador.
Tomé de Souza
1º Governador
Deixou o cargo um ano depois e recebeu do Governador e amigo, algumas cabeças de gado e terras. Construiu o imponente castelo, conhecido como Casa da Torre, bem próximo à " Praia do Forte". Foi de lá que chegou o aviso às Fortificações do Rio Vermelho e Amaralina para se prevenirem contra invasores holandeses. Esteve em ruínas. Atualmente está sendo recuperado este prédio medieval. O senhorio de Dias DÁvila começou pela sesmaria de Itapoan, prolongando-se, avidamente, através dos seus descendentes e herdeiros, Francisco Dias DÁvila, e Garcia Dias DÁvila 

Casa da Torre
Ferreira, juntamente com outras pessoas pelo sertão a dentro até as terras do Ceará e Piauí, colocando vaqueiros nas suas fazendas, distantes uma da outra, de 08 a 12 léguas.
A Casa da Ponte à qual aludi, inicialmente, pertenceu, conforme nos relata Pedro Tomás Pedreira, membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, a Antônio Guedes de Brito, filho de Antônio de Brito Correia e Maria Guedes, descendentes do lusitano, assaz conhecido de todos, Diogo Álvares Correia, o caramuru, também foi um dos conhecidos detentores de terra, rival de Dias DÁvila e de seus descendentes. Ambos conseguiram açambarcar muitas terras, à guisa de Sesmarias. Estiveram próximos de um desentendimento. Para evitar uma luta pela posse das terras, acordaram entre si que Antônio Guedes de Brito, amigo do 2º Governador e de seu filho, ficasse com as terras sertanejas até a nascente do Rio das Velhas e as terras da Jacobina, a começar no Morro do Chapéu. Inclusa neste desmesurado domínio figurava a "sesmaria dos Tocós", doada a D. Maria Guedes, sua mãe, às suas tias e tio: Ana Guedes, Sebastiana de Brito e Pe. Manuel Guedes Lobo, por D. Diogo de Menezes, Governador geral, em 14/12/1612
Antônio Guedes de Brito, mais tarde incorporou às suas, as terras de sua mãe e tio, por morte deles em 1652. Pasmem vocês e se admirem todos, porque o lusitano Guedes ainda recebeu por doação, em carta de 1655, 12 léguas de terra em quadra" e mais outra área de terra entre o Rio Jacuípe e ltapicuru e por eles acima, como compensação por ser a "Sesmaria dos Tocós", segundo os donatários "muito falta de águas e haver muitas matas e caatingas infrutíferas", consoante documento histórico de Pedro Tomás Pedreira.
Que maravilhoso foi para as "duas casas" receber tantas terras de mãos beijadas! Estes são os verdadeiros e exemplares latifundiários do Estado da Bahia, no início da colonização. Imagine você o que aconteceu neste Brasil Continental!
Para chegarmos à Feira de Santana, veja o que aconteceu. Parte dos Tocós foi vendida a João Lobo Mesquita, entre 1653 e 55, que, sem muita delonga de anos, vendeu "os campos de Itapororocas, Jacuípe e Água Fria" a João Peixoto Viegas.
Consta, pela história, que este senhor edificou "Casa Forte de Sobrado, em cal e pedra e uma Igreja nos Tocós". Esta teria sido destruída, em parte, pelos índios e reedificada, logo após, pelo proprietário João Peixoto Viegas, rico detentor de inúmeras terras e gado, fazendo questão de ser tido e reconhecido como legítimo bandeirante e corajoso desbravador de muitas terras, explorando-as, dos rios Jacuípe e Pojuca, para, mata a dentro, aquistar mais terras, embora tivesse que dizimar silvícolas semi-indefesos para incorporar, ao seu já imensurável patrimônio, as regiões usurpadas.
Sabemos com segurança, consoante nos descreve o autor do livro, " No Sertão do Conselheiro", José Aras e também nas histórias do Brasil, que unia multidão de aborígenes foi sacrificada, nesta caminhada longínqua, pelo Sertão adentro.

Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana Ano I nº 1 2004 



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