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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

COLONIZAÇÃO DE FEIRA E REGIÃO - V (última)

Oscar Damião de Almeida2ª Vice-presidente do
 IHGFS Membro da ALAFS
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Na caminhada sucessória dos intendentes, encontramos o Cel. e militar, Abdon Alves de Abreu governante por quatro (04) anos, de janeiro de 1908 a 1912. Na eleição, concorreu com Bernardino da Silva Bahia e foi derrotado. Inconformado com a derrota e escudado na influência do governo, ambos tomaram posse. Abdon, na intendência e Bernardino, em outro local, no mesmo dia e na mesma hora, já que fora o intendente vitorioso e legítimo. O município se viu, surpreendente e simultaneamente, com 02 intendentes para governá-lo. Isto aconteceu, por alguns meses, até que o governador se dispôs a dar uma solução, estabelecendo um acordo entre ambos. O Cel. Abdon ficaria como intendente, de 1908 a 1912 e Cel. Bernardino de 1912 a 1915, na gestão posterior.

Esta simultaneidade de governo está descrita num documento existente na Biblioteca Municipal, com cópia em meu poder. ver 2 prefeitos... .

Não apresentei realizações do governo do Cel. Abdon a não ser a abertura da Av. Senhor dos Passos, ver abertura da Senhor dos Passos , naquele tempo chamada de Araújo Pinho, segundo a Tribuna Feirense de 19/04/2004, na pena de Adilson Simas. Veja algo mais sobre o Cel. Abdon, no Dicionário Personativo, Histórico, Geográfico e Institucional do autor deste trabalho.
Agostinho Fróes da Mota
Escola Maria Quitéria

 O Cel. Agostinho Fróes da Mota, nomeado para o quatriênio de 1916 a 1919. A Feira viveu um período de grandes realizações, tais como; calçamento das ruas Conselheiro Franco e Cônego Tertuliano Carneiro;construção de 02 escolas, de bom porte: Maria Quitéria, destinada às moças da época, funcionando até o presente para ambos os sexos, na Praça Agostinho Fróes da Mota.
A João Florêncio Gomes, reservada aos rapazes. Faz muito tempo, perdeu sua finalidade e já serviu para Delegacia, Escola, Coordenadoria e agora, após uma reforma, do governo atual, 2004, está destinada ao Arquivo Público e ao Instituto Histórico e Geográfico, criado em 20/08/2003, o grupo escolar J.J. Seabra adaptado, mais tarde, para acolher a Escola Normal, posteriormente.

Escola João Florêncio
Sediou a Faculdade de Educação, hoje, abriga o Cuca - Centro Universitário de Cultura e Arte; construção do Coreto e Praça da Matriz.

Como ocorrências relevantes de sua gestão, lembramos a conclusão da Ponte do Rio Branco, sobre o Jacuípe, hoje em ruínas o advento do Banco do Brasil (1919); visita do eminente jurista baiano, Ruy Barbosa a esta cidade (1919) do qual recebeu o generoso e nobre epíteto de Princesa do Sertão.

Esgotado o ubertoso mandato do Cel. Agostinho Fróes da Mota, desfrutamos da grata oportunidade de receber, mais uma vez, um operoso administrador para Feira de Santana, o Cel. Bernardino da Silva Bahianomeado por 02 anos, e eleito pelo voto popular, por mais dois anos - 1920 a 1923. Suas realizações são estas: continuação e conclusão das estradas vicinais para Santa Bárbara, Tanquinho e Bonfim de Feira; calçamento da rua Filinto Bastos, antiga Rua de Aurora; restauração da Praça Dr. Joaquim Remédios Monteiro, antigo Largo Nossa Senhora dos Remédios; as primeiras providências para instalação da rede elétrica e como ato mais importante, aconteceu o início da construção do paço Municipal ou Prefeitura, denominado, inicialmente, Maria Quitéria, a fundação da Sociedade Filarmónica Euterpe Feirense, em 17/21/1921.
Arnold Ferreira Silva

A era dos intendentes teve a dita de encontrar homens de boa cepa para governar o município, à semelhança do mais jovem intendente, Cel. Arnold Ferreira Silva - 1924 a 27.

Teve como obra de envergadura a conclusão do Paço Municipal, iniciado pelo seu sogro e antecessor no cargo; continuação da instalação da rede de energia e outras obras de menor significado.

Prefeitura Municipal
Registramos algumas relevantes ocorrências no seu governo, a saber: a vinda do governador Góes Calmon para inauguração do Paço Municipal, em I926 com indescritível exultação popular; inauguração da primeira estrada, ligando Feira de Santana a Salvador, obra de grande monta para o comércio, entre Salvador e toda a região do interior da Bahia, instalação da Escola Normal, de utilidade inestimável para a grande região que circunda a Feira de Santana.

Foi o 7º intendente a gerir os destinos do município e o mais jovem dos intendentes, com apenas 29 anos de idade.

O último intendente e primeiro prefeito da Feira já não foi mais coronel e sim um advogado e promotor. Assumiu em 1928 e governou até dezenove de janeiro de 1931, quando foi afastado pela revolução de 1930. Seu nome era Dr. Elpídio Raimundo da Nova que viveu duas (02) situações políticas diferentes. Até 1929 era intendente e daí até 19/01/1931 exerceu o cargo de Prefeito, nome aplicado aos governantes municipais. Participou da Velha República até 1929 e da Nova República, com Getúlio Vargas a partir de 1930.
2ª cadeia, hoje reformada Câmara Municipal

Sua gestão foi pingue em ocorrências: Mudanças do nome de Intendente para Prefeito; formatura da primeira (1ª) turma de professores da Escola Normal; Canto do Hino à Feira de Santana pela primeira (1ª) vez, em 1930; instalação do serviço telefónico e da 2ª rede elétrica para receber energia da hidrelétrica de Bananeiras; extinção da república velha, exórdio da nova.

Finalizando este trabalho, podemos afirmar que foram nove (09) os intendentes, contando com a assunção dupla de Bernardino Bahia à Intendência. Houve também, por duas vezes, a figura do Cel. José Antunes Guimarães, substituindo o Cel. José Freire de Lima e Tito Ruy Bacelar, cada qual, por uma razão diferente. De modo geral, as gestões foram positivas, com destaque para Bernardino da Silva Bahia, Agostinho Fróes da Mota, Arnold Ferreira Silva e Dr. Elpídio Raimundo da Nova.

Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana Ano I nº 1 2004 



 

  


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