Sempre fui
vidrado em esportes, qualquer um que aparece, procuro entender o jogo, as
regras, as estratégias, as táticas, os atletas que praticam as organizações
envolvidas... vejo comentários entrevistas, estatísticas, leio livros sobre o
assunto etc.
Vi alguns
analistas esportivos dizendo a performance do Brasil na Copa do “Catar
coquinhos”, não pude deixar passar a frase.
Fiquei
preocupado com minha televisão, parece que assisti outros jogos, felizmente não
chamei técnico para concerta-la, em entrevista na TV colocaram três ex-técnicos
mundiais, que falaram a mesma toada da minha visão.
O torcedor
tem direito de exprimir sua decepção e dizer o que bem entender, elegi como a
melhor assistida, na rádio Sociedade no programa de Luiz Santos. um garotinho
sentenciou “o Brasil perdeu porque os jogadores não comeram ovo com cucus”.
O analista,
tem que demonstrar conhecimento do esporte. Como vi muita incoerência dita e
escrita, senti liberdade de dizer as minhas.
Torneio
eliminatório de futebol, tem no máximo 50% de lógica. Um esporte em que uma
partida cada equipe tem dez oportunidades
de fazer um gol, em média, contra centenas de possibilidades no Vôlei ou
Basquete, erro ou acerto é fatal. Portanto, para os analistas os resultados não
são preponderantes e sim a atuação das equipes nos jogos.
Até hoje não
conseguiram uma forma de decidir um ganhador no caso de empate, já tentaram
prorrogação, “morte súbita” – o Brasil teria ganho para a Croácia -, decidir na
moedinha até tendo uma partida no interior em 1948, número de corner (escanteio).
O técnico de
futebol - não gosto da terminologia, ideia de ciência exata, o que neste
esporte está longe de ser, treinador mais adequado – esta ressalva foi
necessária para inviabilizar treinadores como Guardiola (o melhor do planeta
atualmente) e Fernando Diniz, são treinadores que precisam de tempo de
treinamento, o que não existe em uma seleção.
Diante deste
resumo, considero as quatro melhores seleções: Argentina, Brasil, Espanha, França
(por ordem alfabética).
As três
maiores revelações: Corea, Japão e Marrocos.
Os melhores
treinadores: Ralid de Marrocos, Scalloni da
Argentina, Tite do Brasil.
Justificativa
para escolha acima, também por ordem alfabética:
Ralid,
montou uma defesa sensacional, só tinha tomado um gol (gol contra), até perder
a dupla de zagueiros titular, na semifinal. E não possuía os melhores
defensores do mundo;
Scalloni, se
não bastasse ter dado estabilidade a seleção da Argentina, matou taticamente a
França no primeiro tempo, enquanto pode contar com Di Maria, já com certa idade
não conseguiu fazer a mesma função no segundo tempo, desmanchando a defesa francesa.
Colocou Di Maria na esquerda, um bom meio de campo livre. A defesa, como se
esperava concentrou o posicionamento em Messi na direita, o meio de campo livre
lançava para a direta de primeira par Messi lançava para Di Maria. Variação de
Enzo Fernandes (grata surpresa) e Mac Alister, soltos eram mortais.
Tite, em todas
as Copas, temos uma revolução no futebol, coincidentemente nem sempre resultou
em campeões. Hungria em 1954, a equipe que fazia 2 gols nos primeiros dez
minutos, perdeu na final para a Alemanha (3x2), entrou de sapato alto
como se diz no palavreado do meio futebolístico; Holanda, o carrossel
perdeu para Alemanha; 1982, Brasil de Telê, o time que Guardiola se encantou,
como revelou em entrevista, desclassificada na mesma etapa da atual seleção;
finalmente a Alemanha, sem ter um Maradona, um Pelé, um CR7, Neymar... na Copa
do Brasil.
Tite inovou
o futebol colocando uma excelente defesa com seis atacantes, com uma mágica
recuperação de bola, a famosa G5, quando perde a bola tem que recuperar em 5 segundos.
O treinador da Sérvia quando viu a escalação do Brasil, disse que era um deboche.
Daí em diante todos os times que enfrentaram o Brasil, jogaram na retranca,
com exceção da Coreia, tomando 4x0 no primeiro tempo.