Professor aposentado do Departamento de Tecnologia
UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana.
Quem vai escrever este pequeno artigo não é um grande especialista em meio ambiente, mas um professor aposentado de hidrologia, matéria intimamente ligada ao ambiente que vivemos, ao estudo do clima, do solo, do subsolo, do ciclo hidrológico e, portanto, um pouco conhecedor daquilo que vai dizer.
O ser
humano na avidez do lucro destrói as florestas ou os meios vegetais de todos os
biomas de nosso meio no mundo, que é certamente o único local no universo em
que podemos sobreviver, dádiva da natureza, quebra o equilíbrio ecológico,
modifica o albedo destas vastas regiões, modificando assim o equilíbrio
energético e o balanço de energias proveniente do sol que são absorvidas pelos
vegetais, que são infelizmente cada vez mais destruídos e, assim, influi
diretamente nas temperaturas ambientes e depois põe a culpa numa possível
mudança de clima que eles mesmos ajudaram a criar. Ou seja, em parte, as
florestas, que hoje estão rareando cada vez mais, são responsáveis em parte,
por este equilíbrio térmico e suas consequências.
Como
são estúpidos os seres humanos, basta não caçar os pássaros, animais, que eles
mesmos, a custo zero, reflorestam as regiões naturalmente, refazem estes
ambientes, os equilíbrios dos meios, em ciclos relativamente curtos.
Vejam
o rio São Francisco, dantes navegável, hoje tem a calha reduzida pela erosão da
bacia. Por quê? Por causa da destruição das matas de forma inapropriada, mas
não, em todos os biomas, floresta amazônica, caatinga, cerrado, o que interessa
é dinheiro, dólar, exportação. Para que tantos cursos de engenharia florestal?
Não sei.
Quantas
doenças podem existir por causa destes desequilíbrios? Por que isto? Ora, os
animais vivem nas florestas, morcegos, anfíbios, insetos e outros, que quando
não tem o meio propício, invadem os nossos meios urbanos, trazendo doenças.
Os
desequilíbrios térmicos dos meios, hoje devastados por causa dos avanços das
grandes plantações, além de modificar os seus equilíbrios térmicos, modificam
os ciclos da água, do clima, no que resulta em calor excessivo, de chuvas
torrenciais, em um terreno das bacias cujas coberturas foram devastadas,
resultando em erosões.
Mas
que humanidade estúpida. A mudança do clima e o aparecimento destas doenças são
só as respostas da natureza. Será que esta covid20, que dizem que veio dos
morcegos, não proveio destes processos? Vejam: eu não afirmo, só questiono.
Para
que serve tanta tecnologia, pesquisas, cursos especializados, de meios
ambientes, engenharia florestal, hidrologia e outras? Que estupidez, a mudança
do clima e outros efeitos, poucos conhecidos, são resultados da natureza,
amordaçada pela ânsia do homem em dinheiro e mais dinheiro, que afinal, nem são
utilizados pelos seus donos e que pouco lhes trazem paz, bem estar, e que nem
donos são, pois são apenas administradores passageiros destes bens.
A
mudança do clima e estas doenças são causa e consequência da estupidez humana,
sedenta de iníquos dólares que adoecem o planeta e o ambiente.
Tudo
isto que falei já é muito conhecido e Feira de Santana e o Brasil tem hoje
pessoas gabaritas para falar destes assuntos muito melhor do que eu.
Está
certo que a economia é importante, mas o cuidado com nosso planeta, que é o
local ideal para vivermos, o meio, o mar, as bacias, é de suma importância.
Por favor,
não politizem este assunto técnico.
Vocês
já pensaram, só por hipótese, se houvesse por exemplo uma pandemia nas algas do
mar, que são as fábricas do oxigênio que respiramos junto com nossas florestas
tão devastadas? Isto é hipótese, professor, perguntaria o leitor? É, mas pode
ser realidade. Quem sabe? O ser humano destrói tudo pela frente, não importa as
consequências. Por que não uma pandemia nas algas do mar? Este tema na mão de
algum escritor inteligente poderia até dar livro, filme e seria útil para nos
abrir os olhos.
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