ESTEVAM PEDREIRA MOURA, nasceu
em Santo Estevão (BA), no dia 04 de agosto de 1909. Desde criança Estevam
demonstrou pendores para a música. Um professor da cidade ensinou-lhe os
primeiros rudimentos musicais, do que mais tarde tornou-se um grande
musicista, compositor, professor e maestro. Fez parte da Filarmónica de Santo
Estevão, onde tocava clarineta. Foi convidado para dirigir a Banda de Música
de Bonfim de Feira, onde conheceu a jovem Regina Bastos de Carvalho,
pertencente a uma família tradicional da cidade e se apaixonou por ela, tal
qual nos romances machadianos, casaram-se no ano de 1931, e deste matrimónio
nasceram dois filhos: Olga Maria Moura Dórea e Ernani de Carvalho Moura.
Foi funcionário
público, na função de Guarda Municipal por muitos anos.
Recebeu o convite para reger a Filarmónica de Conceição de Almeida. Depois veio para Feira de Santana, em 1935, onde fixou residência. Aqui exerceu a maestria da Filarmónica 25 de Março, no auge do seu funcionamento. Criou, juntamente com Georgina Erismann, Gerson Simões e Profª. Carmem, a Escola de Música para crianças, que ensinava piano, violão, flauta, etc.
Foi
professor de música no Ginásio Santanópolis. Era autodidata e lia muito, por
isso tinha uma cultura muito profunda. (conhecia as biografias dos grandes
compositores e musicistas do Brasil e também do mundo.
Era considerado o homem dos sete
instrumentos. Tocava órgão, clarineta, violão, piano, saxofone, flauta e
violino. Era compositor de mão cheia. Compôs muitos dobrados, marchas, hinos,
óperas, músicas populares e pela influência americana, compôs jazz, fox e
músicas de ritmos espanhóis. Era perfeccionista. Lia. e relia as suas
partituras, até ter certeza que estavam boas.
Fez composições com João Barbosa de
Carvalho, também musicista c compositor. Compôs ainda, em parceria com Gérson
Simões, a melodia “Fascinação”, quando em viagem para a cidade de Santo
Estevão.
Gostava de homenagear pessoas,
denominando as músicas com os seus nomes. Para o grande amigo Arnold Ferreira
da Silva compôs um dobrado, a fim de homenageá-lo no dia do seu aniversário,
que coincidentemente era o mesmo dia do seu.
Homenageou o filho, que tinha por apelido
“Tusca”, com um dobrado.
Prof. Estevam Moura trajava-se
elegantemente com ternos de linho diagonal branco, impecavelmente engomado e não
dispensava o uso de um chapéu “Panamá”.
Suas obras: “Hino da Padroeira Senhora
Santana, “Ave Verum”, “Tantum Ergo”, “Hino da Vitória”, “Constelação”, que na
opinião de sua filha Olga é o mais bonito e dezenas de outras músicas
espalhadas por este Brasil inteiro.
Teve uma vida breve. Morreu no auge da
sua carreira, já consagrado pelo seu brilhante talento musical. Prof. Estevam
Moura foi um dos grandes gênios, que a Feira conheceu.
Faleceu no dia 08 de maio de 1951.
Fonte: Lélia Vitor Fernandes de Oliveira
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