ROMANCE DO CAVALEIRO EURICO CONTRA MOUROS - V
Franklin versa em poesia de cordel o belo romance do livro “Eurico, o Presbítero”.
Com isso, praticamente,
se entregou ao infiel,
Tirando seu capacete
Para o golpe mais cruel:
Cortar então seu pescoço
Ou arrebentar se osso
Porque cumpriu seu papel.
Maguite, emir malvado,
Assestou golpe mortal.
Eurico passou à história.
Virou herói nacional.
Os godos até venceram,
Porém depois se perderam
Na Espanha e Portugal.
Enquanto isto na gruta,
Hermengarda canta hino
composto pelo Eurico
quando era peregrino
Na capela do penedo,
Quando cumpria enredo
De vagar sem nenhum tino,
Assim, cantando aos santos,
Hermengarda endoideceu
Se culpava pela morte
De Eurico que pereceu
Com voto de castidade,
Não fez contrariedade.
Se entregou depois morreu.
Findei a resenha, pois
morrer não é bem preciso
Agora a vida digna,
Xave é pro paraíso
A aventura de Eurico
Deve ser lição e fico
Orgulhoso do juízo.
Nota do Blog: dois motivos me levaram a reproduzir este Cordel, o primeiro pelo primor da versão do belo romance de "Eurico, o Presbítero".
O segundo motivo é em homenagem a minha tia, muito querida, fundadora do Colégio Santanópolis HERMENGARDA OLIVEIRA.
Quando criança, como todo mundo, achava o nome Hermengarda muito feio, destes de se perguntar, "quem colocou um nome deste em uma criança?!". Tempos depois deparei com o romance "Eurico, o Presbítero". O velho Áureo Olympio Oliveira (foto), meu avô, casado com minha avó Catarina Pichara Oliveira (foto), árabe, a homenageou. Catarina Picharra Oliveira
Áureo Olympio Oliveira |
Hermengarda Oliveira |
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