Ecce Homo
Autorretrato - Vivaldo Lima
Acrílica sobre tela
CARRO DE BOI
Além das casas de arquitetura ousada e progressista nos bairros nascentes da cidade comercial de Feira de Santana, como a Santa Mônica e o Capuchinhos, o empreendimento do arquiteto Amélio Amorim no final daquela década se destacou principalmente pelo ‘inusitado visual’ criado com a implantação da famosa Boate Jerimum, ou Abóbora, ‘plantada’ na margem da avenida Presidente Dutra.
Ao lado da boate, o Restaurante Carro de Boi, com suas indisfarçáveis linhas do telhado em madeiras escuras e trabalhadas pelo artesão Gastão, o salão ornamentado com as figuras imaginárias do nordeste, inclusive plantas e ornamentos rústicos também de couro.
Mas, muito ao contrário da Boate, que é um Jerimum podre e em ruínas, o Restaurante está intacto na sua modernidade e funcionalidade. Hoje o Restaurante anda bem resguardado por estroncas e escoras que conservam o madeirame de lei que Amélio escolheu a dedo.
Em gestões idas já fui a
exposições por lá. Mas hoje também está sem serventia, como o velho Jerimum
soturno que estigmatiza e agoura aquele Centro Cultural.
Texto publicado no Blog da Feira do jornalista Janio Rêgo
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