O diálogo sobre a junção das duas equipes - a dos Falcão e a dos Suzarte Gomes.
Decidiu-se que o Palestrínha incorporaria o Ipiranga. A escolha de outro nome
para o grupo rendeu muitas discussões. Afinal, Palestrínha carregava uma
conotação infantil, que "já não cabia num time de craques”. Além disso, o
clima da Guerra provocava rejeição a qualquer coisa que lembrasse a Itália.
Segundo Wilson Falcão, foi Newton quem sugeriu batizar a equipe de Fluminense
Futebol Clube, um preito ao grémio carioca de mesmo nome, do qual a maioria era
torcedora. Essa designação também teve uma justificativa de ordem prática:
trabalhava, na firma Marinho Santos & Cia., um guarda-livros (contador),
chamado Balalair de Castro, que era ligado ao time do Rio de Janeiro. Se a nova
agremiação adotasse aquele nome, ele conseguiria, para ela, todo material
timbrado necessário ao uso da secretaria. A proposta, vantajosa do ponto de
vista económico, foi aceita sem delongas.
Nasceu, assim, o Fluminense de Feira Futebol Clube, cuja fundação foi oficializada no início de 1941. Coube a Antônio, irmão de Newton, a presidência. Newton, que gostava mesmo era de jogar futebol continuou defendendo as cores da equipe, como atleta.
Equipe do Palestrinha-Fluminense Futebol Clube. A começar da esquerda,
Newton é o quinto, meio escondido.
Integravam,
ainda, o quadro diretor do clube Osvaldo Coelho Torres (vice-presisidente),
Laudelino Lacerda Pedreira e Otto Emanuel de Carvalho (secretários), Ariston
Carvalho (diretor técnico), Simônidas Carneiro (assistente), Fernando Garcia
(diretor de sede), Colbert Martins da Silva (orador), Adroaldo Dórea, Alberto
Oliveira e Valter Mendonça (departamento médico), Humberto Luiz Portela e João
da Costa Falcâo (departamento jurídico). Newton, Antônio e Walter da Costa
Falcão, Isaac e José Suzarte Gomes, Arivaldo Gomes de Santana e outros passaram
a compor o Conselho Deliberativo, encabeçado por Manoel Contreiras.
Texto do livro "Olhares Sobre Newton Falcão", da mesma autora.
[i] Antes foi o segundo Hipódromo de Feira de
Santana, depois Campo da Vitória, hoje nas imediações da praça Jakson Amaury.
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