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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 12 de maio de 2022

A BRIGA DO PADRE X FILARMÔNICAS






    Victor Batista destacou ainda, alguns acontecimentos que marcam a história de Feira de Santana e estão atrelados a figura do monsenhor Amilcar durante o seu paroquiato. Segundo ele, No ano de 1944 existiu um decreto que proibia as filarmônicas a tocarem no interior da igreja durante os cultos, durante os atos litúrgicos. As filarmônicas, motivadas pelos poderosos na época, estavam insatisfeitas, e eles estavam insatisfeitos com o a figura de monsenhor Amilcar, pois era um homem que incentivava a sociedade, a não ser submissa. Foi então que os poderosos impulsionaram para que a filarmônica invadisse a igreja e tocasse durante o ato. O fato aconteceu no dia 26 de julho de 1944.

“Neste dia estava previsto, o lançamento da pedra fundamental da sede da Filarmônica Euterpe Feirense e não aconteceu esse lançamento com a presença do monsenhor, pois juntamente com a Filarmônica 25 de Março, eles invadiram a então igreja matriz de Feira de Santana e tocaram no interior da igreja e o monsenhor Amilcar Marques, a partir deste acontecimento pediu sua transferência para a cidade de Salvador”, contou.

Trecho do programa acoradacidade Dilton Coutinho , postagem sobre o centenário do Monsenhor Amilcar Marques de Oliveira.

    Nesta época as Filarmônicas - 25 de Março, Vitória e Euterpe – tinham grande importância:  cultural, artística, social e política, em Feira de Santana. Não havia evento sem a participação de uma ou várias delas. As festas de salão eram em suas sedes, "25 de Março", pró UDN, e "Vitória" PSD posteriormente Filarmônica Euterpe. Todas localizadas na rua Direita, atual Conselheiro Franco.

Filarmônica 25 de Março mais ou menos na época

No fundo a desinteligência era política, como sempre foi os “Caciques contra os Pajés”, o poder divino contra os poderes terrenos.

O Padre Amilcar tinha tomado partido político do PSD, grupo liderado por Eduardo Fróes da Motta, contrário à UDN de Arnold Ferreira da Silva que possuía o jornal “Folha do Norte”. Uma das comprovações é a ausência da Filarmônica Vitória no desafio ao Padre Amílcar.

Era comum as Filarmônicas tocarem dentro da igreja no final da semana de festividades em louvor a Nossa Senhora, padroeira de Feira de Santana. Era o maior evento religioso de nossa cidade, uma semana de cultos, todas a noites tinha uma filarmônica no coreto, as três se revezavam, a praça lotada de gente vestida a caráter.

Padre Amilcar era acusado de ser violento, sermões acusatórios, até quando rezava a missa portava um revolver por baixo da batina, era a acusação dos udenistas. Em suma era uma guerra que culminou com o decreto do pároco.

Quando do edital foi um pandemônio, foi declarada a contenda: Igreja versos filarmônicas, anteviram um desastre.  Alguns dirigentes resolveram que iriam tocar dentro da igreja na marra, como se diz atualmente e o padre teria dito que seria uma profanação e só sobre seu cadáver entrariam na Igreja.

Como acontece nestes casos a turma do deixa disso entrou em cena para conseguir um acordo.

Na noite da missa da disputa, as filarmônicas “Vinte e Cinco” e “Euterpe”, já perfiladas em frente da sede da primeira, na rua direita, à frente delas as diretorias. Dizem que o mais revoltado com o padre era Álvaro Barbosa de Carvalho que marchando à frente da sua “Vinte e Cinco” estaria armado.

As filarmônicas tocando passaram a grade da igreja chegando ao Átrio (cercado em frente do templo) tocando seus dobrados. ESTE FOI O ACORDO CONSEGUIDO…

Nota do Blog: Porque na guerra da Rússia x Ucrânia não tem bons negociadores como os antigos?




 

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