ANTÔNIO RAMOS DA SILVA nasceu em
20 de novembro de 1928, na cidade de Feira de Santana, na Chácara Ramos,
localizada na antiga estrada de rodagem, que fazia a ligação Feira a Salvador,
hoje denominada Rua Senador Quintino, no Bairro dos Eucaliptos. Filho
primogénito do Sr. Leôncio Ramos Gomes e Sra. Hilda Ramos da Silva. Ramos
iniciou seus estudos tardiamente, tendo um fato interessante ocorrido em sua
infância, quando rasga a cartilha de ABC em uma estaca do curral, onde seu pai
negociava gado. Mas, o desejo pela educação é despertado, e torna-se aluno
exemplar na Escola General Osório, no ano de 1944, cursa o Primário. A referida
escola tinha como fundadora e diretora a Professora Edna Laureana de Oliveira,
a qual Ramos muito estimava. Nesta escola, Ramos ingressa no grupo de
escoteiro, criado pela professora Edna. Em 1947, após os estudos primários,
Ramos inicia seus estudos ginasiais no Colégio Santanópolis. Em 1953, ingressa
na antiga Escola Normal de Feira de Santana, para efetuar os estudos
pedagógicos.
Como professor, assume a cadeira de Professor município de Ribeira do Amparo. Passa por diversos primário, indo lecionar na
localidade de Boa Hora, do locais como
professor, levando sempre a punho a bandeira da educação. Anos depois presta
vestibular na Universidade Estadual de Feira de Santana, para Estudos Sociais.
Lecionou diversas disciplinas, entre elas História e Educação, Moral e Cívica.
Nas proximidades de sua aposentadoria, pede remoção para o Colégio Polivalente
de Feira de Santana, a fim de retribuir com sua terra natal as conquistas da
educação.
Fundou diversas associações
culturais e religiosas, entre elas o Centro Cultural Récreo Educativo Monsenhor
Amílcar Marques - CECREMAM, e a Biblioteca Sra. Lindomar Lima dos Santos, em
Nova Redenção- Bahia. Como Jornalista atuou em A Tarde, como revisor e titular
da coluna Charadismo; no Diário de Notícias, como revisor e repórter; no Folha
do Norte, como titular da coluna o CECREMAM na FN.
Antônio Ramos é autor do hino de
diversas cidades baianas. Além disso, ainda é o criador de brasões e bandeiras
de algumas dessas cidades e de várias instituições. As cidades de Nova Soure,
Amélia Rodrigues, Araci, Candeias, Ichu, Itaparica, Lagoa das Pedras, Monte
Santo, Nova Itarana, Nova Redenção, Ubatã e Xique-Xique e São Gonçalo dos
Campos foram transcritas nas letras do poeta, que fazia questão de exaltar as
qualidades artísticas, históricas, culturais e religiosas. Idealizou e
construiu o marco comemorativo do primeiro Centenário de Feira de Santana em
1973, e o Templo - Escola Santa Rita de Cássia em 1978.
No município de São Gonçalo dos Campos, idealizou e coordenou as
comemorações do primeiro Centenário da Cidade, que teve vasta programação
cívica, cultural e religiosa. Entre elas uma exposição com objetos que
traduziam a vida do povo São-gonçalense. Livretos e canções foram escritos, e
visitas foram realizadas. A imagem do Padroeiro da cidade visitou Feira de
Santana.
Antônio
Ramos foi condecorado com vários títulos e honrarias em diversos municípios da
Bahia. Em Nova Redenção, Ichu, Nova Soure, Candeias e Itaparica, foi laureado
com o Título de Cidadão. Em Feira de Santana, recebeu a comenda Godofredo
Filho, e Maria Quitéria, na Câmara Municipal de vereadores. Na Europa, foi
certificado com o título de comendaddor da Cultura e da Educação em Portugal.
Foi casado com senhora Tereza Lurdes, desta união nasceram três filhos e três
netos. Antônio Ramos da Silva Silva faleceu aos 20 de fevereiro de 2016, com 87
anos, deixando grande legado de cultura, civismo e religiosidade.
VITOR BATISTA DOS SANTOS. Membro do IHGFS, Arqueólogo e afilhado de Antônio Ramos da Silva (Ramos Feirense)
Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico
de Feira de Santana nº 17
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