Lélia V. F. Oliveira Santanopolitana |
INDÚSTRIA - PRIMEIRO PASSO PARA O DESENVOLVIMENTO DE FEIRA DE SANTANA - I
... botas, jaleco, luvas, chapéus, etc. (Manoel Ribeiro de Macedo & Irmão -1877), outros materiais como: sabão, panelas de barro, moringas, potes, cestas de palha, sacos, tapetes, cordas de caroá, colchões, vassouras, utensílios de madeira, carvão vegetal.
Também se fabricava carros de boi,
transporte usado nas fazendas, para carregar mercadorias e até passageiros, nas
cidades onde a civilização ainda não tinha chegado.
Surgiram os alambiques para
fabricação de cachaça. Em 1877, já existia o Alambique do Vallado, onde havia
tanoeiros encarregados de consertar as pipas e barris. Ainda nesta mesma data
já se fazia propaganda da Padaria da Fé, com fabricos de pães, bolachas, broas,
queijadinhas, bolos "Pão de Ló", etc. Já existia a Photographia
Nacional de Pedro Gonçalves da Silva.
Em 1880, surgiu a indústria gráfica
"Typographia do Motor" (ortografia da época), onde eram impressos
convites, jornais, recibos, cartazes, avisos, cartas para convites, folhetos,
cartão de visita, etc.; Typographia do Jornal da Feira (1884)
Em 1882, foram surgindo pequenas
fabriquetas como a MEURON & C.- que fabricava o rapé Areia Preta,
proveniente do fumo (O Progresso - 18 de agosto de 1882).
Pharmacia Costa (1882).
Café Moído de João Henrique d'
Oliveira.
As fábricas de beneficiamento de
fumo, com a Criação do Instituto Baiano de Fumo, instaladas na BR-116 e no
distrito de Bonfim de Feira, onde exportava o fumo para a Europa, destacando-se
a Alemanha.
Os Currais Modelo na Rua Geminiano Costa na década de 30.
No início do século 20 já se
destacavam as seguintes fábricas, armazéns e indústrias de pequeno e médio
porte:
® Café Aromático de Aguinaldo Soares, foto ao lado (1921);
Agnaldo Soares Boaventura Foi prefeito de Feira de Santana |
• Fábrica Trindade de vinhos e
vinagre de Emygdio Chrisóstomo Trindade;
® Fábrica Floresta de Gabriel Correia
Ramos de vinho e vinagres;
• Móveis Celta indústria e
comércio de móveis;
• Fábrica Leão do Norte do químico Paulo Costa Lima, criador do Depurativo 43 e Vinho Jurubeba Composto, instalada em 1920, em Feira de Santana. Em 1927, recebeu o Diploma de Bronze, no Rio de Janeiro; o Diploma de Honra do Instituto Agrícola Brasileiro, no Rio de Janeiro. Transferiu-se para Simões Filho, como Indústria Leão do Norte (logo marca abaixo, que até hoje a família administra;
Logomarca da Leão do Norte |
® Os maiores comerciantes do fumo eram: Cel. Agostinho Fróes da Motta, Heráclito Dias de Carvalho, João Mamona. Exportadores e armazéns de fumo: Francisco Maia, Bartolomeu Santos, Alexandre Falcão Farias, Estefânio Souza, Zelito e Raimundo Maia, Adalberto Pereira;
Heráclito Dias de Carvalho (Seu Lolô) |
Agostinho Froés da Motta |
• Usina de Algodão - 1938 - no
Governo de Landulfo Alves. O maior plantio de algodão era em São José das
Itapororocas, seu diretor era Dr. Asclepíades Negrito de Barros. Criou o
Instituto do Fumo da Bahia e a Fazenda Mocó de raças bovinas.
Dr. Asclepíades Negrito de Barros Foto- PorSimas |
• A extração e o tratamento de óleos vegetais. O preparo do óleo de dendê; óleo de oliva, óleo de rícino, óleo do caroço do algodão (1950);
Usina de Algodão - foto do Jornal Grande Bahia
• Destilarias e alambiques.
Eram mais de dez: Boa Esperança, Água Fria, São Pedro, Itamar, Alambique da Barrigada, Jurema Ibicaraí, Destilaria de Genésio Alves Moreira, Leolindo, Destilaria Rio Seco, Cachoeirinha e Cruzeiro: (continua na 3ª postagem).
Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 17
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