Lélia V. F. Oliveira Santanopolitana |
Feira de Santana, por vocação, nasceu de uma feira livre, de uma feira de gado e da exploração da agricultura familiar.
Na Opnião dos estudiosos da evolução do povoado disse: "a feira cresceu, atriu homens, tropas e gêneros de várias partes ao povoado, que se constituía; e a população que se multiplicava à sombra foi imprimindoo traço dominante do escambo e da mercancia e mercando com a preocupação ascendentes de câmbios de trocas e lucros." - Renascença/Setembro/ 1951.
Foto da feira livre de 1923 |
A agricultura era prodizida nas comunidades familiares com o cultivo de: feijão, milho, cana-de-açucar, mandioca, algodão, fumo, verduras e frutas.
A cana-de-açúcar em São José das Itapororocas só produzia para o consumo local (1817) com três engenhos em atividade e produzia rapadura e cachaça.
Além do cultivo de produtos alimentares, plantados pelos escravos e pelos homens livres, novas culturas apareceram, como as do fumo e do algodão, sendo as mais importantes.
A pecuária foi uma atividade que se desenvolveu bastante e, até os dias de hoje com a criação de animais: bovinos, suínos, equinos, ovinos e muares.
Na época da Independência do Brasil na Bahia surgiram criadores de gado e agricultores de algodão e entre eles se destacou o Sr. Gonçalves Alves, o pai da nossa heroína Maria Quitéria.
Em 1828, a feira do gado se firmara como a mais importante da província e o gado era vendido em maior proporção.
As boiadas vindas do Piauí, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, passando por Feira de Santana, aproveitando as águas e pastagens próprias para o gado, então as tropas descansavam. Em consequência disto, surgiu a feira do gado que se constituiu a principal fonte de renda da região, naquela época.
Em 1833, o gado não poderia
mais negociar dentro da vila, mas no campo do gado ou Campo da Gameleira. Em 1838,
a Câmara designou oficialmente o Campo da Gameleira como localização para a
feira de gado e cavalos.
Em 1838, um dos primeiros
empórios foi o de Abraão e Isaque Sabag (hebreus) uma loja de quinquilharias,
molhados e gêneros estrangeiros.
O comércio se expandiu em
torno da feira de gado, que para atender à população flutuante, de compra e
venda e com a instalação de armazéns, boticas, drogarias e casas de pouso, hoje
tornando-se o 25 maior município em expansão comercial do Estado.
Com o crescimento populacional
e comercial da cidade a indústria foi sendo implantada paulatinamente.
As olarias na construção de
adobes e telhas.
Em 1875, o fabrico de
dormentes para a estrada de ferro. Eram preparados sem o emprego de máquinas.
As árvores eram abatidas e os dormentes eram serrados à mão.
O carvão vegetal era bastante
utilizado, porque não possuía outros tipos de combustível.
As fábricas de sabão foi um
dos primeiros artigos de uso doméstico, antes de 1860. Em 1881, uma fábrica
operava no município. Em 1894, uma fábrica usava máquinas a vapor.
Uma das principais indústrias
domésticas do município a partir de 1860 era a preparação da farinha de
mandioca em moinhos localizados nas fazendas, no preparo de beijus, tapioca,
goma, puba, etc. Também ofubá de milho era produzido em larga escala nesta
época.
A indústria do fumo no
manufaturamento do cigarro e do charuto, em 1860.
Segundo historiadores afirmam
que a industrialização começou com o artesanato, com fabricação de material de
couro: arreios, selas, sapatos e outros acessórios: roupas como gibão, botas,
jaleco, luvas, chapéus, etc (Manoel Ribeiro de Macedo & Irmão – 1877).
Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 17
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