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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

PERFIL DE MUNIZ SODRÉ ARAÚJO CABRAL

Muniz Sodré de Araújo Cabral nasceu na cidade de São Gonçalo dos Campos - BA, em 12 de janeiro de 1942. Passou sua infância em Feira de Santana, estudou no Colégio Santanópolis desta cidade. Mais tarde, na cidade de Salvador, iniciou sua vida profissional como colaborador do Jornal da Bahia, exercendo também a função de tradutor, no Departamento de Turismo da Prefeitura. Transferiu-se anos depois para o Rio de Janeiro, onde ganhou notoriedade como professor e ensaísta.

Cursou mestrado em Sociologia da Informação na Universidade de Paris III – Sorbonne, Doutorado em Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pós-doutorado na École des Hautes Études em Sciences Sociales, na França. É membro, entre outros, da Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil (SECNEB) e da Associação Brasileira de Semiótica.

Pesquisador das línguas iorubá (nagô) e do crioulo de Cabo Verde, é também Obá de Xangô do terreiro baiano de Axé Opô Afonjá. Colaborou para o Jornal do BrasilFolha de S. Paulo, revistas Visão e Traverses. Intelectual afrodescendente e um dos mais destacados pensadores brasileiros contemporâneos, Sodré é vinculado ao Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ.

Pioneiro no campo dos estudos comunicacionais no país e autor de importantes contribuições sobre comunicação e cultura, tem livros publicados no Brasil e no exterior, sendo sua obra importante referencial para os estudos sobre comunicação, cultura brasileira e em especial sobre a condição da população afrodescendente e suas formas de resistência cultural.

Crítico da mestiçagem enquanto ideologia redutora do negro, Sodré denuncia o projeto de “atenuação biológica” entre peles claras e escuras que busca fazer da miscigenação uma “solução de compromisso” entre o branco e o negro. Denuncia ainda a confusão entre o biológico e o cultural presente nessa ideologia como sendo a mesma que sustenta o pensamento racista.

No campo da ficção, é autor de três livros de contos – Santugri: histórias de mandinga e capoeiragem (1988), Rio, Rio (1995) e A lei do santo (2000) – e de dois romances: O bicho que chegou a feira (1991) e Bola da vez (1994). Em todos eles, o sujeito negro brasileiro ganha destaque, seja enquanto individualidade e consciência de si, seja enquanto coletivo social irmanado por experiências comuns e integrado à forte presença cultural e religiosa oriunda da diáspora africana no Brasil. 

PUBLICAÇÕES

Obra individual

Santugri: histórias de mandinga e capoeiragem. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988. (contos).

O bicho que chegou à feira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991. (romance).

Bola da vez. Rio de Janeiro: Notrya, 1994. (romance).

Rio, Rio. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995. (contos).

A lei do santo. Rio de Janeiro: Bluhm, 2000. (contos).

Não Ficção

A comunicação do grotesco. [S.l.]: [s.n.],1971.

A ficção do tempo: análise das narrativas de Science fiction. Petrópolis: Vozes, 1973.

Teoria da literatura de massa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.

O dono do corpo. Rio de Janeiro: Codecri, 1979.

Best seller: a literatura de mercado. São Paulo: Ática, 1985.

Televisão e psicanálise. São Paulo: Ática, 1987.

A verdade seduzida: por um conceito de cultura no Brasil. Rio de Janeiro: CODECRI, 1983; 2. ed. Francisco Alves, 1988.

O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Petrópolis: Vozes, 1988.

Cultura negra e ecologia. Rio de Janeiro: UFRJ-CIEC, 1989.

A máquina de Narciso. São Paulo: Cortez, 1990.

O Brasil simulado e o real. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1991.

Rede imaginária: televisão e democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

O social irradiado: violência urbana, neogrotesco e mídia. São Paulo: Cortez, 1992.

Jogos extremos. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

Um vento sagrado. Rio de Janeiro: Mauad, 1996.

Anatomia da crise. Rio de Janeiro: Revan, 1998.

Direitos humanos no cotidiano. São Paulo: SNDH-USP, 1998.

Reinventando la culturaBarcelona: Gedisa, 1998.

Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.

Multiculturalismo. Rio de Janeiro: DPeA, 1999.

Claros e escuros. Petrópolis: Vozes, 1999; 2. ed., 2000.

Antropológica do espelho. Petrópolis: Vozes, 2001.

O monopólio da fala. Petrópolis: Vozes, 2001.

Reinventando a cultura. Petrópolis: Vozes, 2001.

Mestre Bimba: corpo e mandinga. Rio de Janeiro: Manati, 2002.

Sociedade, mídia e violência. Porto Alegre: Sulina/Edipucrs, 2002.

As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. Petrópolis: Vozes, 2006.

A narração do fato: notas para uma teoria do acontecimento. Petrópolis: Vozes, 2009.

A ciência do comum: notas para o método comunicacional. Petrópolis: Vozes, 2014.

Pensar nagô. Petrópolis: Vozes, 2017.

Antologia

Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Organização de Eduardo de Assis Duarte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011, vol. 2, Consolidação.

 


TEXTOS

 


CRÍTICA

 


FONTES DE CONSULTA

Enciclopédia de literatura brasileira. Direção de A. Coutinho e J. Galante de Sousa. 2. ed. rev., ampl., il., sob coordenação de Graça Coutinho e Rita Moutinho. São Paulo: Global Editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional/DNL: Academia Brasileira de Letras, 2001. vol II. p. 1520.

PAULA, Rodrigo Pires. A construção das afro-identificações na ficção de Muniz Sodré. (Mestrado em Letras). Faculdade de Letras. UFMG, 2009.

PAULA, Rodrigo Pires. Muniz Sodré. In DUARTE, Eduardo de Assis. (Org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Vol. 2, Consolidação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

 


LINKS


 

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