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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

O PETRÓLEO NÃO É MAIS NOSSO

Franklin Maxado é bacharel em Direito e em Jornalismo, poeta, ex-Presidente da AFL-Academia de Letras de Feira de Santana e também do IHGFS- Instituto Histórico e Geográfico, ex-diretor dos museus Regional de Arte e Casa do Sertão, além de ter trabalhado em vários jornais da Bahia e de São Paulo

(franklinmaxado@gmail.com )


    O brasileiro não mais se indigna  com o desmonte da Petrobrás. Agora mesmo, foi vendida a refinaria baiana de Mataripe, a segunda mais importante, a um grupo árabe por um valor inferior ao que vale. Aliás, nem com a venda de nossas empresas estratégicas a grupos econômicos estrangeiros e com a destruição do nosso parque industrial, achamos uma coisa anormal.

   O Brasil está progredindo para ser colônia, produzindo e exportando matéria prima e alimentos sem beneficiamento através de companhias e pagando caro por produtos tecnológicos precisados que outros países fabricam. E não vejo o exportado beneficiar o povo.

   A Petrobrás era um orgulho nacional. Era a afirmação de nossa inteligência e capacidade de achar e dominar o petróleo, uma indústria de base que gerava outras indústrias como a petroquímica. E a Bahia muito vai sofrer com a medida pois seu parque está sendo desmontado. Não foi só a Ford que fechou.  

     O ataque à Petrobrás começou há anos. Primeiro, criaram outras empresas subsidiárias para tratar de partes da indústria como transporte, distribuição, etc. Assim, ficou mais fácil vendê-las. Se  o plano chega  às prospecção e ao refino, a facada é mortal. E, já chegou! Descobrimos um grande campo de petróleo que é no mar brasileiro e desenvolvemos uma técnica para explorá-lo em grandes profundidades. Seria o nosso futuro, mas cedemos às pressões e começamos a vender.

   O grande escritor paulista Monteiro Lobato encampou a ideia de que “o petróleo é nosso!” e a propagou. A Petrobrás cresceu com Getúlio Vargas mas chegou aos governos petistas que atacaram suas finanças, fazendo caixas para suas campanhas politicas. Desmoralizaram a luta popular para defendê-la para agora os liberais quererem se desfazer dessas empresas marcas nacionais como o Banco do Brasil, Furnas e os Correios e Telégrafos. Calam-se as vozes nacionalistas e socialistas de que são empresas estratégicas para o Estado e fecham os olhos para a entrega ao capital internacional. Acabam com o orgulho nacional.

   Também, seus dirigentes, nomeados por políticos, não souberam ou não sabem geri-las. Estão comprometidos ou comprados a Mas, “como Deus é brasileiro,” pode ser que haja uma providência divina contra tudo isso.  A pandemia pela Covid-19 mantém as escolas fechadas e ajuda na propagação da ignorância, o que os colonizadores portugueses antes faziam à força.

  O povo controlado e sem educação não mais se levanta e protesta. Mais desempregados vão pedir auxílio emergencial e se humilharem nas filas da Caixa Econômica. Quando não, pedir esmolas dentro da instituição como já acontece.

 

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