O brasileiro não mais se indigna com o desmonte da Petrobrás. Agora mesmo, foi vendida a refinaria baiana de Mataripe, a segunda mais importante, a um grupo árabe por um valor inferior ao que vale. Aliás, nem com a venda de nossas empresas estratégicas a grupos econômicos estrangeiros e com a destruição do nosso parque industrial, achamos uma coisa anormal.
O Brasil está progredindo para ser colônia,
produzindo e exportando matéria prima e alimentos sem beneficiamento através de
companhias e pagando caro por produtos tecnológicos precisados que outros países
fabricam. E não vejo o exportado beneficiar o povo.
A Petrobrás era um orgulho nacional. Era a
afirmação de nossa inteligência e capacidade de achar e dominar o petróleo, uma
indústria de base que gerava outras indústrias como a petroquímica. E a Bahia
muito vai sofrer com a medida pois seu parque está sendo desmontado. Não foi só
a Ford que fechou.
O ataque à Petrobrás começou há anos.
Primeiro, criaram outras empresas subsidiárias para tratar de partes da indústria
como transporte, distribuição, etc. Assim, ficou mais fácil vendê-las. Se o plano chega
às prospecção e ao refino, a facada é mortal. E, já chegou! Descobrimos
um grande campo de petróleo que é no mar brasileiro e desenvolvemos uma técnica
para explorá-lo em grandes profundidades. Seria o nosso futuro, mas cedemos às
pressões e começamos a vender.
O grande escritor paulista Monteiro Lobato encampou
a ideia de que “o petróleo é nosso!” e a propagou. A Petrobrás cresceu com
Getúlio Vargas mas chegou aos governos petistas que atacaram suas finanças,
fazendo caixas para suas campanhas politicas. Desmoralizaram a luta popular
para defendê-la para agora os liberais quererem se desfazer dessas empresas marcas
nacionais como o Banco do Brasil, Furnas e os Correios e Telégrafos. Calam-se
as vozes nacionalistas e socialistas de que são empresas estratégicas para o
Estado e fecham os olhos para a entrega ao capital internacional. Acabam com o
orgulho nacional.
Também, seus dirigentes, nomeados por políticos,
não souberam ou não sabem geri-las. Estão comprometidos ou comprados a Mas, “como Deus é brasileiro,” pode ser que haja uma providência divina contra tudo
isso. A pandemia pela Covid-19 mantém as
escolas fechadas e ajuda na propagação da ignorância, o que os colonizadores
portugueses antes faziam à força.
O povo controlado e sem educação não mais se
levanta e protesta. Mais desempregados vão pedir auxílio emergencial e se
humilharem nas filas da Caixa Econômica. Quando não, pedir esmolas dentro da
instituição como já acontece.
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