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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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domingo, 29 de agosto de 2021

VIDA FEIRENSE – “FOLHA DO NORTE”, 20 DE JANEIRO DE 1945

Arnold Ferreira da Silva - Memorias

 coluna Vida Feirense - Folha do Norte


1840 – Joaquim Pedreira de Cerqueira, o homem mais rico de Feira,  assina a conta do que deu “em causa dote a Antonio Garcia Vitoria por casar-se com Clara Nerina de Cerqueira”. Figuram nesta conta, entre parcelas de maior vulto: uma escrava no valor de quatrocentos mil réis[1], um colar de ouro no valor de cento e vinte mil réis, um par de pulseira de ouro no valor cem mil reis, um par de brincos de diamante no valor de oitenta mil réis, e “meia mesa de louças e um aparelho de chá dobrado” no valor de quarenta mil réis.


1862 – Falece, na visinha freguesia de São Gonçalo dos Campos, o padre  Severo Cuim Atuá, muito conhecido nesta vila e em todo sertão por longa série de desmandos. Anteriormente à independência o nome desse padre era Severo Gomes da Silva.

1967 – Vêm ao mercado 500 bois. Abatem-se para consumo, nesta vila, 27 reses, que são retalhadas a preços entre quatro a seis mil réis a arroba. O preço dos couros verdes é de oitocentos réis a um mil réis.

1883 – Distribui-se a edição n. 126 d”O Vigilante” que reclama contra a deshmanidade de certo senhor na exploração de “misera escrava, porca, suja e maltratada, que anda guiando uma carroça particular ocupada em transporte de terra e adobes” nas ruas da cidade.

1887 – D. Rosa F. da Silva, por seu procurador, vende, nesta cidade, Antonio Alves Terra Dura, pelo preço de seiscentos mil réis, a escrava, preta, de 45 anos, Maria, “a quem qcompanha o ingênuo Chrispim”.

1910 – São expostas a venda, no mercado desta cidade, 510 reses bovinas, cujos preços variam de seis a sete mil reis para a arroba calculada.

1943 – Trovoadas e violentas descargas elétricas sobre a cidade. Em certa casa, a praça da Matriz, cai um raio que produz pequenos estragos materiais. Estavam ausentes os moradores.

Notas do Blog:

1.    Arnold Silva, na sua coluna, edita notas relevantes nesta data de 20 de janeiro nos vários anos (em negrito).

2.    Três notas sobre escravos, com indignação mostramos o “dia dia” desta ignominia.



[1] N.B. O preço de uma escrava era mais que o restante do dote. Também calculando  com os preços dos bois de abate, nota seguinte, cinco anos depois: uma escrava valia quase seis bois. Daí que algumas riquezas da época eram escravos, mais que terras e bovinos, em grandes lavouras de cana.


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