Carlos Pereira Novaes |
Magnífico
Senhor Professor e Doutor José Carlos Barreto de Santana,
Reitor
da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Prezado Senhor,
Professor. Eu nem sei se o senhor é
a pessoa mais indicada para analisar este problema, mas como o senhor é o nosso
Reitor, eleito democraticamente, democraticamente, eu resolvi trazer para o
Senhor o conhecimento de meu problema. Se estiver errado, me perdoe, por favor.
Eu sou inscrito no Planserv, cujos
descontos são em folha e estou na ativa e, portanto, graças a Deus, estou vivo
e tenho o salutar hábito de não ler jornais que só reportam desgraças e nem o
Diário Oficial e até hoje nunca me arrependi destes hábitos. Vivo bem.
Como o meu Planserv é descontado
automaticamente, nunca me dei conta que este direito pudesse ser conspurcado por qualquer evento
anômalo, o que infelizmente ocorreu.
É que o Planserv, numa atitude
arbitrária e até fora da lei, eu acho, pois como já disse, o desconto era
automático, me tirou o direito de meu seguro saúde, ou seja, eu não pagava um
seguro saúde, mas sim, um inseguro-saúde, alegando que eu não fui a um tal de
censo ou outro nome correto para provar que estava vivo, que aliás, não deve
nem constar no nosso contrato com Planserv, pois eu nunca ouvi falar de lei
nenhuma que obrigue um cidadão a participar desses modismos que as nossas
autoridades inventam. Ora se eu pago o meu seguro para o Planserv é por que
estou vivo não? Portanto, não há motivo nenhum de censo, verificação ou outra
coisa qualquer. Mas tudo bem, vamos supor que eles façam o tal censo. Qual é o
dever deles: Informar-me, não, pois eu tenho endereço conhecido e eles sabem
disso. Simplérrimo.
Prezado Sr. Carlos Pereira de Novaes.
Vimos informar que o Planserv está
fazendo um recenseamento, etc, etc......
Pronto. Eu recebo a carta e vou no
SAC, para ver o que é e resolvo problema.
Mas não, eles nos tratam como
cidadãos de quarta categoria, como cachorros, desculpe o termo, mas esta é a
verdade, botam suas intenções nos jornais e no diário oficial, que graças a Deus
eu não leio, e acham que os pobres dos beneficiários do Planserv já sabem o que
ocorre, se esquecendo que os beneficiários do Planserv, muitos, estão doentes,
velhos e cansados, né?
O que aconteceu: o que aconteceu é
que eu ao chegar para fazer os meus exames, descobri que tinha virado suco,
pois não era mais nada, pois o Planserv, arbitrariamente, numa atitude
irregular, do ponto de vista legal, pois a minha contribuição estava sendo paga
de forma automática, através de um processo irregular, pois as nossas leis não
apóiam estas atitudes, e eu já sou idoso e tenho meus direitos e não era nem inadimplente,
repito, descobri que já não tinha plano de saúde nenhum. Graças a Deus era só
um exame de rotina e se fosse uma coisa séria? Eu tinha morrido e pronto. Ou
seja, me transformaram num desclassificado sem motivo algum.
É isto é que é democracia senhor
Reitor? É esta a democracia que vivemos?
Ou seja, a gente paga as coisas mas
não tem nem o direito à informação, a uma carta.
Ou seja, hoje eu já não tenho mais
direito algum só por que um burocrata do Planserv acha que não ir a um censo é
uma falta grave. Apoiado em que lei? Que lei é esta? Isto pode?
Já Mandei uma carta para o Ouvidor
do Planserv, anexa, mas já me responderam, eu não sei se foi o Ouvidor ou algum
plantonista, que eu estou é errado e que os meus direitos ficaram suspensos. E
se eu adoecer? Faço o que senhor Reitor? É esta é que é a democracia do atual
governo do Estado, que se diz democrático? Punir um idoso distraído, mas
pagador fiel?
O senhor me desculpe se esta carta
foi encaminhada errada mas calado não dá para ficar mais. O senhor me desculpe
mas sou obrigado a encaminhar esta carta não só para o senhor mas para a ADUFS,
alguns departamentos e alguns órgãos de imprensa que conheço e reafirmo: não
tenho nada contra o senhor, que, alías, ajudei humildemente a eleger e não me
arrependo, mas não dá para ficar calado. Afinal, qual é meu crime: não
saber? Não ler jornais? Ser desatento?
Obrigado pela atenção, senhor Reitor
e um abraço.
Feira de Santana 21 de janeiro de
2015.
Professor Carlos Pereira de Novaes carlospdenovaes@gmail.com
Carta ao Ouvidor do Planserv.
Prezado Senhor Ouvidor do Planserv.
Meu nome é Carlos Pereira de Novaes,
sou servidor público, engenheiro, professor universitário, lotado na
Universidade Estadual de Feira de Santana, sob a matrícula 71000736-0 e estou
inscrito no Planserv, sob o número 0800566066 e pago ou pagava, nem sei mais,
“automaticamente” o meu Planserv, debitado em conta já faz muito tempo e
obviamente por conta disto, estava tranqüilo, não é?
Mas não. Este mês fui fazer os meus exames de rotina,
de saúde, e descobri que eu não estava mais no Planserv e indo no SAC de Feira
de Santana, descobri que eu não fiz um recenseamento e que por conta disto fui
alijado, descredenciado, de meus direitos de pessoa idosa e de cidadão de
pertencer a este órgão, isto, através de uma atitude unilateral e sem avisos,
pois o Planserv alega que a notícia saiu nos jornais e sem mais me alijou de
meus direitos, isto com o meu pagamento sendo feito automaticamente e sem
motivos aparentes, pois um recenseamento não dá direitos á um órgão de tomar
uma mediada unilateral de findar um contrato que já está sendo pago
automaticamente em folha, o que indica que eu existo. Defunto não paga nada.
Ora,
recenseamento é para saber se a pessoa existe e já pagava o Planserv e isto é
um contrato, que não pode se recendido unilateralmente sem motivos maiores, que
não pode ser um simples recenseamento, pois muitos dos usuários do Planserv são
pessoas doentes que nem sabe o que é um recenseamento, pois o planserv foi
feito para ajudar os doentes, não é? Eu tenho endereço fixo e o Planserv sabe
disso. A universidade sabe disso. Mas não, alguém resolveu me rescindir o
contrato só por que eu, que não mora em jornal nenhum, pois eu tenho um
endereço fixo, não fiz o tal recenseamento. Ou seja, se eu fosse um paciente
terminal, morreria, por que alguém do Planserv acha que eu não existo mais por
que não fiz o tal recenseamento. Mas recenseamento é para que? Eu já pago
Planserv e logo “estou vivo”. Mas não, ela, unilateralmente, me extinguiu e eu,
sem saber de nada, por conta de uma rescisão equivocada, sem saber de nada,
fiquei sem os meus direitos de idoso e de cidadão, mesmo pagando
automaticamente a conta e sem saber de nada, fiquei sem plano de saúde. Pronto.
To morto, se precisar do Planserv? Ao que parece, sim.
Ué: contrato agora pode ser
recendido unilateralmente e sem avisos, mesmo que ele seja pago integralmente e
em folha? E meus direitos de fiel pagador, de idoso, para onde vão? Que negocio
é esse de me alijar de meus direitos pagos e sem aviso?
E o Planserv ainda me manda um
e-mail me dizendo quem eu é que estou errado. Pode? Isto, me perdoe o termo, me
parece mais é coisa de doido. Onde já se viu um órgão que cuida da saúde do
servidor alijar o servidor que paga tudo certinho em folha só porque ele não
fez recenseamento?
Gostaria
de dizer que eu vou mandar esta carta para os jornais de Feira de Santana, do
estado, para a governadoria do estado e para o Planserv, pois deve haver mais
pessoas como eu que apesar de pagar os seus direitos corretamente, sem saber,
ficam inadimplentes por força de circunstâncias “desconhecidas”.
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