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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SERÁ QUE A ESTUPIDEZ TEM LIMITES

Carlos Pereira de Novaes


Num passado longínquo, num espaço-tempo que, pedimos a Deus, não volte mais, para aqueles que acreditam ou não, eram comuns as matanças, o ódio indiscriminado entre homens, sociedades ainda nascentes onde o cidadão não tinha a noção de limites, onde quase tudo, de bárbaro, era permitido, dado ao primitivismo das pessoas que viviam nessas sociedades antigas.
Hoje, só sabemos um pouco das sociedades gregas e romanas, que são as mais faladas, mas a estupidez era geral, estupidez essa que nos seguiu até a um tempo bem recente e ainda nos segue, pois é bem comum encontrarmos amigos e companheiros que ainda acham que a solução de nossos problemas passa por revoluções ou mesmo guerras sangrentas. Será?
Vejam, no Brasil, é proibido o uso de armas, quer dizer, proibido para alguns, é claro, por que senão, o nosso índice de assassinatos não seria este que assistimos todos os dias, haja vista também as nossas varandas e nossos jardins gradeados. Para quem gosta de prestar atenção, preste à atenção aos tapes de outros países e vejam se ele tem tantas grades como o nosso?
È interessante, mas não tem e quando tem é a casa de algum nobre, de um palácio, mas não tem grades como aqui. Uma mais feia que a outra. Medo.
Bem, já que não se pode usar armas, a solução passa por ter cães tipo ameaçadores e o ensino de artes marciais, cuja palavra “arte”, que me perdoe os professores destas “artes” deveriam merecer uma maior atenção de nossas autoridades, que, como sempre, nunca prestam atenção a nada. Tudo normal.
Agora, além de ensinar “artes marciais” às crianças, os pais, certamente com medo de tudo que nos cerca, além das grades, dos pit-bulls e das cercas elétricas, fora outras coisas que não nem nos lembramos, estão mandando as suas crianças, seus bebês, de pouca idade, para aprenderem o tal do mma em academias, é claro, com o rótulo de arte e sempre como autodefesa, é bom à gente frisar, onde os pobres dos bebês, loucos para caírem na brincadeira, têm é que se esmurrar, por que os seus pais, que já perderam até a capacidade de pensar, pensam que a violência é a solução de nossos males e os pobres dos bebês, ao invés de verem amor, já vêem, desde pequenos, é porrada mesmo e certamente esta visão os fará cidadãos de bem, pensam os pais. Será?
È interessante, mas este professor não entende certas coisas: ele olha os filmes da Noruega, Dinamarca, Holanda e outros e nunca vê aquelas grades horríveis tão comuns no nosso Brasil e se pergunta, mas o que será que estes países têm que a gente não tem? Alguns são menores que nossos menores estados, sol, às vezes, tem pouquíssimo, como os do norte da Europa, e nós aqui com sol, com água, a ponto de termos estados, como o de Tocantins ou o Piauí, que tem muita água superficial ou no subsolo, totalmente sem estrutura, na ignorância, e me pergunto: mas o que tem de errado com o nosso país? Ele poderia, se quisesse, e pode, estar entre os dez melhores paises do mundo, em qualidade de vida, saúde, velhice assistida, e sem tanto mma, que agora virou moda: afinal, o que pensa um jovem vendo aquilo?Aquela sangueira.
Não. Não tem nada. Nós não temos, orquestras, bandas, judô, dança, artes marciais, de fato, e não lições de porrada nos outros, como está bem em moda agora, não temos escolas, de nada, nem balé, nada. Vocês não acham que nós precisamos repensar este país, antes que ele termine, na porrada?

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