Este
recorte, publicado no jornal “O CORUJA” no início da década de 60 na coluna
esportiva, mostra duas vitórias do Colégio Santanópolis, à esquerda jogo de
futebol de salão entre Escola Normal x C. Santanópolis e o ao lado direito,
basquete entre Feira Tênis Clube x Colégio Santanópolis.
Mas é sobre
o jogo de basquete que aconteceu uma coisa interessante, vale comentário:
O Colégio
Santanópolis participava de todos os eventos esportivos da cidade, Futebol de
Salão, Basquete, vôlei etc. Com objetivo educacional, só podia participar
alunos do colégio, como consequência normalmente não possuía equipe de ponta.
Compensava treinando na área do ginásio e as vezes aparecia com equipes fora da
normalidade, surpreendendo, como foi o caso deste jogo.
Nesta época,
havia seis times de basquete no campeonato do FTC: Comercial, Icaraí, Flamengo,
o time dos Suzart - não lembro o nome, tinha três e às vezes quatro irmãos -; Bahia
e Santanópolis estes dois últimos disputavam os últimos lugares.
O Fluminense
tinha contratado um zagueiro e Beto meu irmão deu uma bolsa de estudos para ele
estudar no Santanópolis. Um dia estávamos trenando basquete na área do ginásio,
Dolinha (foto abaixo), este era o nome do jogador, pegou a bola e lançou de
longe, fazendo uma cesta espetacular. Lançou jampeando com as duas mãos,
só tinha visto em filmes super8 americanos que passávamos nas salas do colégio.
Ele estava acima do nível dos jogadores de Feira na época, e no time do
Santanópolis nem pensar…
Fomos fazer este
jogo, da nota acima, como sparing[1]
para seleção do FTC.
Vinú
apostava em tudo: quem ia fazer a primeira cesta, o primeiro gol, tudo. Como
era básico para este tipo de jogador a informação era fundamental, no turfe eram
chamados de beirador de encilhamento[2].
Mas voltemos a Vinu:
- Vando,
como ele me chamava, e aí, tomo vinte pontos de partido?
- Eu, hoje é
o dia da surpresa, tem um novo jogador espetacular, vamos fazer um jogo de
igual para igual, vai ser a maior surpresa…
O Santanópolis
venceu de 36 a 24, como mostra a nota acima, como se vê Dolinha fez 29 dos 36
pontos.
Terminado a
peleja fomos convidados por Vinu ao “Bar RN”, defronte do Tênis, para comemorar
com uma cervejada, logicamente paga por VINU…
Seleção feirense de basquete representada pelo Feira Tênis Clube em 1966. Dolinha é o segundo da esquerda para direita com a camisa número 11 |
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