“MEMÓRIAS DE ARNOLD
FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos
santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos
Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor
dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.
Dia de hoje no tempo.
1885 - Chuva de pedras na freguesia
Gameleira.
1888 - A câmara municipal compra ao coronel João Pedreira o
sobrado à esquina da praça do mesmo nome, onde já funciona o governo da comuna, (foto abaixo).
1908 - Assume o lugar de secretário da intendência e diretor da secretária do
conselho o cidadão Antonio d’Almeida Ramalho.
Nota do Blog: João Pedreira de Cerqueira, grande empreendedor feirense. vale ressaltar outra construção, notável para a época.
Pouca
gente sabe, mas o casarão foi construído, entre os anos de 1850 e 1858, pelo
Coronel João Pedreira de Cerqueira, importante comerciante e político feirense,
com o intuito de hospedar o imperador Dom Pedro II e sua esposa, Dona Teresa
Cristina[1].
Entretanto, de acordo com relatos de diversos historiadores, em função de
divergências políticas e questões financeiras, o casal imperial, que veio a
Feira de Santana em 7 de novembro de 1859, acabou se hospedando na casa do
Coronel Joaquim Pedreira, primo e rival do construtor do imóvel. O imponente
sobrado que realmente serviu de abrigo à família real ficava na antiga Rua
Direita, hoje denominada Conselheiro Franco. Demolido, como quase todos os
prédios antigos da cidade, deu lugar ao Centro Empresarial Mandacaru.
O fato,
no entanto, não diminui a importância do casarão da Praça Carlos Bahia. A
edificação tem um imenso valor histórico e arquitetônico. De estilo Eclético,
com clara influência Gótica, demarcada pela presença de inúmeros arcos ogivais
e rosáceas, o prédio foi vendido à Santa Casa de Misericórdia em 1865, com a
finalidade de abrigar o Imperial Asylo dos Enfermos, que, posteriormente,
passou a se chamar Hospital Dom Pedro de Alcântara. A unidade de saúde atendia
gratuitamente os doentes da região e funcionou no local por 91 anos, até ser
transferida para o bairro Kalilândia.
Logo em
seguida, o prédio passou a abrigar o 1º Batalhão de Polícia de Feira de
Santana, permanecendo ali até 1985. Segundo os moradores mais antigos dos
arredores, muitos estudantes, intelectuais e políticos feirenses, acusados de
crime de subversão, foram conduzidos às dependências do casarão e ali
interrogados, pelo comando do Regime Militar.
PALÁCIO
DO MENOR – Em 1987, o casarão passou a sediar o Palácio do Menor, entidade
criada para abrigar crianças órfãs e em risco social. Durante longos anos, a
instituição funcionou em condições precárias, já que parte do prédio, quase
totalmente em ruínas, corria sérios riscos de desabar. Desativado tempos
depois, o imóvel foi relegado ao esquecimento durante muitos anos, até ser
doado ao Sesc.
Com a
estrutura comprometida pelo tempo e pela falta de manutenção, o casarão, até
hoje chamado de Palácio do Menor, passou mais sete anos intocado e inativo,
tornando-se motivo de preocupação para historiadores e intelectuais feirenses,
que temiam que novos desabamentos impossibilitassem a recuperação da
edificação. No início de 2014, no entanto, reconhecendo o valor histórico do
imóvel, o Sesc anunciou a restauração, que, segundo a entidade, seria realizada
com a supervisão técnica do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia
(IPAC).
Alguns historiadores
Este prédio, diferentemente do que conta alguns
historiadores locais, foi comprado a preços baixos por vinte contos de reis,
sendo que D. Pedro II, deu 2 contos e a sociedade feirense da época completou
com os dezoito contos.
[1] Outro contestam esta versão, mesmo porque Coronel João
Pedreira de Cerqueira, morava neste casarão com a família.
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