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| Fernando S. Ramos Santanopolitano Escritor premiado  | 
Coluna publicada no jornal "Folha do Norte" de 1962
Quem
conheceu o artesanato hitchcockiano, não pode evidentemente levar muito a sério
essa última presepada, quando criador do susto esporeia no descenso.
         Os Pássaros são a barriga d’agua do
velho cineasta – um falso entusiasmo, um abuso ao público, fã de sua obra. Não
há o achado, a criação inicial do Vertigo, quando o cinéfilo era absorvido
pela mecânica dos letreiros. O apreciador de Hitchcock não sente o aprumo do começo
de fitas como Rebeca e sobretudo Pacto Sinistro, quando os passos do
homem de sapato branco, na estação ferroviária, prendem o starc do público. Em o Festim
Diabólico, o realizador mexeu com os nervos de um todo o mundo e o diabo
como autêntico artifício num filme sem corte.
         Há
em Os Pássaros (The Birds), um
sensível desgaste da inventiva-do-horror do Metteur em scêne inglês:  estilo frouxo, maçudo, sem um momento se quer
do faney que o caracteriza.
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| Hitchcock Foto incluida pelo Blog- santanópolis  | 
         Os
efeitos especiais do grasnir de milhares de pássaros são impressionantes pela
técnica usada nos estúdios. Os pássaros são extraordinariamente bem treinados,
e o ornintólogo deveria merecer um prêmio especial por ampara tal estória
ridícula e pouco engenhosa, dirigida por um cineasta que já teve momentos
preciosos de alento. 


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