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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

A DECADÊNCIA DE HITCHCOCK

Fernando S. Ramos
Santanopolitano
Escritor premiado
Coluna publicada no jornal "Folha do Norte" de 1962

Quem conheceu o artesanato hitchcockiano, não pode evidentemente levar muito a sério essa última presepada, quando criador do susto esporeia no descenso.
         Os Pássaros são a barriga d’agua do velho cineasta – um falso entusiasmo, um abuso ao público, fã de sua obra. Não há o achado, a criação inicial do Vertigo, quando o cinéfilo era absorvido pela mecânica dos letreiros. O apreciador de Hitchcock não sente o aprumo do começo de fitas como Rebeca e sobretudo Pacto Sinistro, quando os passos do homem de sapato branco, na estação ferroviária, prendem o starc do público. Em o Festim Diabólico, o realizador mexeu com os nervos de um todo o mundo e o diabo como autêntico artifício num filme sem corte.
         Há em Os Pássaros (The Birds), um sensível desgaste da inventiva-do-horror do Metteur em scêne inglês:  estilo frouxo, maçudo, sem um momento se quer do faney que o caracteriza.

Hitchcock
Foto incluida pelo
Blog- santanópolis
         Os efeitos especiais do grasnir de milhares de pássaros são impressionantes pela técnica usada nos estúdios. Os pássaros são extraordinariamente bem treinados, e o ornintólogo deveria merecer um prêmio especial por ampara tal estória ridícula e pouco engenhosa, dirigida por um cineasta que já teve momentos preciosos de alento. 


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