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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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segunda-feira, 24 de março de 2014

HISTÓRIA DA MICARETA - 4

PRIMEIRA MICARETA
Em 20 de fevereiro de 1937, o Prof. Antônio Garcia, que se tornaria o cronista da micareta, publicava a nota que, efetivamente, determinava o nascimento da micareta de Feira de Santana, a maior festa popular do interior brasileiro.
Combatia o velho mestre a denominação de micareta, sugerindo que esta se chamasse “Páscoa Carnavalesca”.
Justificando o seu ponto de vista assim se expressava: “afigura-se a mais adequada essa denominação do que o termo francês Mi-carême e mais aceitável que o híbrido micareta, a última palavra em matéria de disparate divulgado pelo malismo indígena”.
Mi-carêrne era uma festa parisiense, a Festa das Lavandeiras quem, para presidi-la, elegiam a sua rainha e a ela associavam-se os estudantes.
O otimismo do Prof. Garcia pelo êxito da micareta não se restringiu, apenas, primeira. Durante longos anos sustentou. nas páginas do jornal do qual era redator, a realização do que ele chamava o segundo carnaval feirense.
Dizia o cronista: “o segundo carnaval de 1937, que (afirmamos à luz da verdade) não será um suplemento do tríduo da alegria, como tem sido em anos anteriores, mas uma compensação devida aos foliões feirenses, em virtude do malogrado derradeiro e melhor dia de Momo”.
E aquela micareta primeira, ou aquele segundo carnaval feirense superou, etivamente, o tríduo carnavalesco, não só em beleza e bom gosto, mas acima de tudo em animação.
Excederam todas as expectativas as festas micaretescas de 1937, superando, rnesmo, as mais otimistas previsões, ficando gravada definitivamente, segundo notícias da época, na memória de quantos a assistiram.
Em 27 de março de 1937, a Feira de Santana, assistia a sua primeira micareta, com três dias de grandes festas, bailes à fantasia, préstito, cordões e batucadas que levaram a população a um tríduo de total e completo divertimento.
A Flor do Carnaval, os Amantes do Sol, o Clube Carnavalesco Melindrosas, além do Cruz Vermelha, de Salvador, abrilhantaram a primeira micareta feirense e muito contribuíram para o seu êxito total.
A Flôr do Carnaval participou do grande préstito com três carros alegóricos, presididos por um Arauto, representando o centurião romano Marcus Phoebus.
O primeiro carro representava um grande jarro, o segundo, denominado Inocência e Fidelidade, nasceu da idéia do grande artista feirense, um dos grandes incentivadores das micaretas, Manuel Costa Ferreira. O terceiro era consagrado a Flora, deusa das flôres.
Os Amantes do Sol traziam um Arauto e o Cordão, o seu famoso Cordão, apresentou-se com ricos trajes, em vermelho, azul e amarelo.
É necessário que, além do Prof. Antônio Garcia, prestemos especial homenagem, também, aos que realizaram a primeira micareta.
São eles: Manuel da Costa Ferreira, Adalberto Sampaio, Álvaro Moura, João Matos, Manuel Narciso da Natividade, Gumercindo Almeida, Manuel Fausto dos Santos, Rosalvo França, Arlindo Ferreira e Lindauro Lima.
Nota mdo Bolg: O Professor Antonio Garcia era Santanopolitano, ensinava Geografia no Ginásio Santanópolis.
Fonte: Alencar, Helder “ 31 anos de micareta”



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