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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

GRANDES PROVIDÊNCIAS


Ainda no calor do incêndio de boate, que matou mais de duas centenas de jovens, no Rio Grande do Sul, causando comoção e luto em todo o país, enche-se o noticiário com as medidas que governos, em todos os níveis, estão adotando ou querendo adotar para que sinistros semelhantes não voltem a ocorrer e enlutar o povo brasileiro.
 A natural preocupação despertada pelo lamentável sinistro, é evidente, à primeira olhada apresenta marcas da demagogia, do simples interesse no voto, praga que infelizmente infesta grande parte da vida política nacional com o banimento pertinaz e constante de programas, ideologias, partidos, honestidade, ética e outros penduricalhos considerados de somenos importância. As anunciadas providências, necessárias, deverão sobreviver, em alguns casos, além de seis meses, dificultando a vida de donos de boates, cinemas, mafuás, botequins, promotores de festas e de modernos grupos, que atualmente ostentam o nome de banda, criadores de ruídos e estrépitos, que muitos chamam de música, mascarando a ausência de valor artístico com fogos e outros artifícios,  mas ingressaram na moda de sociedade cada vez mais superficial, aligeirada e imediatista,  em busca, muitas vezes, de  alegrias falsas, superficiais, enganosas e  improvisadas ao sabor de  modismos como o da alucinação das drogas,  a facilitar ganhos, em certos casos astronômicos,  de alguns que hoje  campam de artistas, com o apoio de mídia nem sempre disposta a dizer a verdade.
O desastre tem mobilizado técnicos, especialistas e estudiosos em segurança e na prevenção de incêndios. Já se descobriu que na Bahia não existem regras legais para  tentar evitar incêndios em lugares públicos. Mas, é necessário dizer, lei a mais ou a menos, neste país de excesso legislativo, não tem a menor importância. O que se torna urgente é o controle da ganância desenfreada, o senso de responsabilidade de cada um, o cuidado com a segurança e a vida do semelhante com a superlotação de locais fechados, a noção do zelo, que deveria ser de todos, pelo patrimônio público e o dever mínimo, que cabe a cada cidadão, de zelar pela paz e tranquilidade social.
Tudo, entretanto, parece que se está dissolvendo no interesse do lucro rápido e fácil, sem atentar para as consequências. É certo que sempre houve e sempre haverá criminosos, baderneiros, gananciosos, aproveitadores, inimigos públicos, vândalos, porque assim é a humanidade. Nos últimos anos, entretanto, o que se tem verificado nesta terra é o total desprezo pelas regras de conduta  e o absoluto desrespeito  ao princípio da autoridade.
O exemplo vem do alto, dos que governam o país, envolvidos em roubalheiras e outras ilegalidades  como o ostensivo apoio a invasores de terras públicas e particulares, o que não impede sejam defendidos, aplaudidos e ajudados por boa parte da população, que parece viver os últimos dias de Pompéia, num salve-se quem puder sem precedentes.
Em Feira de Santana, já faz algum tempo, a permissividade em busca do apoio político a princípio com as construções irregulares e a tomada de ruas pelas barracas dos chamados ambulantes  criou corpo e se transformou em monstro que ameaça a própria sobrevivência da cidade como centro civilizado. Tempos houve em que se construía onde e como se desejava. Há quem diga que o sistema  democrático de governo cria seus próprios inimigos. É a busca irresponsável do voto popular que conduz a situações insustentáveis como a atual, em que se debate a cidade, com o seu centro comercial tomado de barracas, enfrentando o risco de incêndio de vastas proporções, criando gravíssimo problema para o atual governo do Município, principalmente porque em favor dos invasores inventou-se um “grave problema social.” A desordem, entretanto, não deve prevalecer.
Hugo Navarro Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida
 

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