Localizado na entrada da Rua do Meio, inicialmente foi idealizado para ser um Cassino com roletas e vários tipos de jogos de azar, mas logo no início do governo do presidente Dutra saiu o decreto proibindo todos os jogos de azar no Brasil. Foi uma quebradeira total, muitas cidades viviam exclusivamente do turismo das casas de jogos. Na Bahia, as casas Cipó e Itaparica eram as mais concorridas, mas foram todas fechadas. Oscar Tabaréu, o proprietário do Cassino Irajá, logo teve a ideia de transformar tudo, e imediatamente a casa foi remodelada para atender homens que gostavam de dançar, beber, ouvir boa música e apreciar lindas mulheres.
Foto: Feira em História - O cassino Irajá |
Ótimas dançarinas de tango, rumba, samba, bolero etc., faziam a alegria de todos, que dificilmente saíam antes de o sol raiar. Na pista de dança, que tinha ao fundo uma orquestra com muitos metais e um cantor que animava o ambiente, Com luzes coloridas para cada ritmo, ninguém ficava parado. Bebendo champanhe, vinho ou conhaque, era na alegria só. Alguns se excediam nas bebidas, outros se apaixonavam pelas raparigas, e aqueles mais apressados, em poucos minutos, as levavam para um quarto ali mesmo.
Oscar Marques, conhecido como Oscar Tabaréu. |
Vadinho e seus amigos eram frequentadores assíduos, e, mesmo
quando não tinham dinheiro para levar uma das garotas para o quarto, apareciam
no recinto para dançar ou apreciar a beleza feminina. Tomavam umas doses de
Bacardi e ficavam ali a noite a toda. Quando levavam para o
quarto, geralmente era alguma recém-chegada, queriam ser os primeiros. Difícil
mesmo era não se apaixonar por uma delas.
De vez em quando, Dedé aparecia no Cassino, pedia uma garrafa de
champanhe, bebia poucos goles, deixava a moça beber à vontade, dançava um
pouco, antes da meia-noite a levava para o quarto, fazia o serviço e voltava
para casa. Gostava muito de mulheres, mas pouco de raparigas. Quando Vadinho via
o carro do pai na porta do Cassino ou nas proximidades, sabia que ele havia
entrado e partia para outra casa.
Ruy, muito reservado, como sempre, nunca frequentou o Cassino Irajá, mas a chefe das raparigas do cassino, dona Celia, levava as moças na loja e apresentava ao senhor Ruy, que não podia ver um rabo de saia. Ele sabia das suas responsabilidades com as duas mulheres, principalmente Bela, que era bastante exigente e não admitia que ele se deitasse com outra mulher sem que fosse ela ou a esposa. Mas, aos cinquenta anos, Ruy não resistia uma carne nova, principalmente quando via um traseiro avantajado e seios pequenos, na loja, depois das cinco horas e quarenta minutos, fechava as portas por d3entro e fazia orgias com as moças apresentadas. Depois presenteava as felizardas com um bom corte de tecidos.
Trecho do livro: 100 ANOS DE AMOR, PAIXÃO E SEXO. "Coisas do amor" LUXÚRIA.
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