Na coluna esportes, a nota com o contorno em vermelho é o assunto abaixo. |
O Colégio Santanópolis sempre participou dos eventos artístico e esportivos, desde a sua fundação 1934. Mesmo em alguns casos, como este evento, o campeonato de basquete de Feira de Santana, em que o time do Santanópolis era fraco, participando só com alunos. Jovens sem nenhuma experiência, em um campeonato de seis times, sua melhor classificação foi quarto lugar.
Interessante é uma figura que vou
descrever, que faz parte da noite da “zebra” no basquete, meu amigo Juvenaldo
Ferreira Pinto, Vinú.
Vinú era jogador inveterado, só não
era profissional, empresário de transporte público, representante comercial...
Mas qualidade para viver de jogo ele tinha. Como jogador era muito bom, seja no
carteado, no sinuca, no palitinho... qualquer jogo. Como todo jogador era
exímio apostador, apostava em tudo, até “cuspe a distância” dito de então.
O bom apostador tem que estar a par
do noticiário, esportivo, político... e amigo dos terceiros e quartos indivíduos
que tem relação com os participantes. É clássico os apostadores de Turfe –
corrida de cavalos – ficam sondando os empregados que trabalham no hipódromo, a
cata de informação sobre os cavalos que fazem parte do páreo do fim de semana,
atrás de uma barbada, cavalo não cotado para ganhar, mas tem chances. Como não
é favorito paga o prêmio muito maior.
Voltemos a Vinú. Ele sempre me
procurava, para saber as novidades dos times do Santanópolis, qual o partido
que deveria receber para apostar. Neste dia do jogo, eu disse comece tomando 15
pontos de partido, e no final aposte no meu time sem partido nenhum.
Tá maluco quer quebrar seu amigo? Você não confia em mim, nunca lhe dei palpite
maluco... O Tênis campeão do último torneio, o Santanópolis o penúltimo, era
coisa de maluco mesmo. Mas Vinú me conhecia, sabia que eu tinha motivo para lhe
dar uma barbada.
Porque minha segurança: estávamos fazendo
um “baba”, na quadra do Santanópolis, em um feriado, sem ninguém no colégio. Éramos
nove, quando apareceu um cara alto, dizendo: “posso entrar no jogo para
completar dez”, claro respondemos. Nem calção ele tinha, logo de saída ganhou o
“bola ao alto” de Pavão, o maior jogador em quadra até então, devolveram, para
ele que sem titubear de longe arremessou, cesta, nem aro deu. A primeira coisa
que me chamou a atenção foi o arremesso com as duas mãos pulando, a bola acima
da cabeça. Só tinha visto nos jogos dos americanos que eu passava em filme super
oito, que o colégio recebia do Consulado dos EUA, em Salvador.
Terminado o jogo, fomo comemorar no
PRB, bar defronte do FTC, local costumeiro da cervejada pós vitória.
Quem ainda não prestou a atenção à
nota acima, retorne veja o resultado e os pontos de DOLINHA, o altão que
completou os dez do “baba”.
Dolinha foi contratado pelo Fluminense de Feira, como zagueiro, Beto parece que deu uma bolsa de estudos do Colégio Santanópolis.
Em tempo a despesa da comemoração foi
paga com satisfação por Vinú.
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