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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

PERFIL DE JOSÉ FALCÃO DA SILVA

José Falcão da Silva Nasceu na Fazenda Cocão, distrito de Mercês, em São Gonçalo dos Campos, no dia 19 de agosto de 1930.

Filho de Tibúrcio Ferreira da Silva e Abdésia Falcão da Silva.

Aos 10 anos de idade ficou órfão de pai e passou a residir com seus tios: Antônio Eloi da Costa e Francisca Carolina da Costa, frequentando a escola primária, tendo como professoras as Sras. Auta Marques de Oliveira e Morgan Falcão de Freitas. Aos 12 anos ele veio residir em Feira de Santana, continuando seus estudos com as professoras Izabel Alexandrina de Carvalho e Cinira Campos. Em 1945, ingressou no Seminário Menor de São José, em Salvador, motivado pelo sentimento religioso, onde permaneceu até 1949.

Voltando para Feira de Santana continuou seus estudos no Colégio Santanópolis, onde concluiu os cursos Técnicos em Contabilidade e Magistério, no qual ensinou Latim, Francês e Português. Lecionou também no Ginásio Municipal Joselito Amorim as disciplinas: Educação Moral e Cívica, Economia Política e Contabilidade.

Sentindo necessidade de ganhar dinheiro, para ajudar na subsistência da família foi trabalhar na loja de sapatos, denominada “Mundo dos Calçados”, de propriedade de Antônio Alves Caribé.

Em 1952, submeteu-se a concurso no Banco do Brasil, onde permaneceu até sua aposentadoria em 1982.

Em 1956, após vestibular ingressou na Faculdade de Direito de Aracaju, transferindo-se posteriormente em 1959 para a Faculdade da UFBA, onde foi diplomado em 1960. Exerceu a profissão como advogado, nas áreas cível, trabalhista, comercial e penal, em Feira de Santana e cidades circunvizinhas. Foi um dos fundadores da subseção da OAB (Ordem dos Advogados da Bahia).

·       Na vida pública, José Falcão iniciou candidatando-se Deputado Federal, mas só conseguiu ficar na terceira suplência, em 1962. Exerceu seu primeiro mandato parlamentar na legislatura de 1967 a 1971, como vereador da Câmara Municipal de Feira de Santana (BA), eleito em novembro de 1966 pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Nesta legislatura desempenhou as funções de vice-presidente da Câmara e liderou a bancada municipal de seu partido. Candidato a prefeito pelo MDB em 1971, foi derrotado por Newton da Costa Falcão. Empresário, professor e proprietário de uma emissora de rádio na região, elegeu-se em novembro de 1973 prefeito de Feira de Santana, ainda pelo MDB. Exerceu o mandato entre fevereiro de 1974 e janeiro de 1977 e voltou a ocupar a chefia do Executivo daquele município, sendo a criação do Centro de Abastecimento a obra que marcou a sua administração.  Entre 1983 e 1988, tendo sido eleito, desta vez, pelo Partido Democrático Social (PDS), agremiação que sucedeu a Aliança Renovadora Nacional (Arena) após o fim do bipartidarismo em novembro de 1979.

·       Ligado politicamente ao ex-governador Antônio Carlos Magalhães, líder baiano do Partido da Frente Liberal (PFL), José Falcão elegeu-se nesta legenda para a Câmara dos Deputados, em 1990. Participou dos trabalhos legislativos como titular da Comissão de Finanças e Tributação e suplente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.

·       Em maio de 1992 envolveu-se numa briga na Câmara, quando foi agredido pelo deputado Geddel Vieira Lima, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), depois que este ofendeu Antônio Carlos Magalhães, então governador da Bahia.

·       Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992 Falcão votou a favor da abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 19 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde 2 de outubro.

·       Nas principais matérias constitucionais apresentadas na Câmara dos Deputados ao longo da legislatura 1991-1995, Falcão votou contra a criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), imposto de 0,25% sobre transações bancárias criado como fonte complementar de recursos para a saúde, e a favor da criação do Fundo Social de Emergência (FSE), que permitia ao governo retirar recursos de áreas como saúde e educação para ter maior liberdade de administração das verbas, e do fim do voto obrigatório.

·       Concorrendo à reeleição nas eleições de 1994, pela legenda do PFL, obteve apenas a quarta suplência. Deixou a Câmara em janeiro do ano seguinte, ao final da legislatura. Rompendo politicamente com o PFL de Antônio Carlos Magalhães, em 1996 Falcão candidatou-se à prefeitura de Feira de Santana, pela legenda do Partido Progressista Brasileiro (PPB). Durante a campanha, acusou o grupo ligado ao senador baiano de montar “um acampamento de terror na cidade”, “exercendo um clima de pressão com inauguração de pequenas obras eleitoreiras”. José Falcão acabou derrotando no segundo turno o candidato do PFL, Josué Melo. Assumiu o mandato na chefia do Executivo municipal em janeiro de 1997. Mas faleceu em agosto 1997.

Antes de casar-se criou um grande número de pessoas, ao lado da professora Maria Antônia da Costa. Aos cinquenta anos casou-se com Maria da Purificação Falcão da Silva, não tiveram filhos, mas adotaram filhos pelo coração, entre eles: José Raimundo e Roberto Tourinho da Silva e muitos outros.

Foi Presidente da Sociedade Filarmônica Euterpe Feirense.

 

 

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