José Falcão da Silva Nasceu
na Fazenda Cocão, distrito de Mercês, em São Gonçalo dos Campos, no dia 19 de
agosto de 1930.
Filho de Tibúrcio Ferreira da Silva e Abdésia Falcão da Silva.
Aos 10 anos de idade ficou órfão de pai e passou a residir
com seus tios: Antônio Eloi da Costa e Francisca Carolina da Costa,
frequentando a escola primária, tendo como professoras as Sras. Auta Marques de
Oliveira e Morgan Falcão de Freitas. Aos 12 anos ele veio residir em Feira de
Santana, continuando seus estudos com as professoras Izabel Alexandrina de
Carvalho e Cinira Campos. Em 1945, ingressou no Seminário Menor de São José, em
Salvador, motivado pelo sentimento religioso, onde permaneceu até 1949.
Voltando para Feira de
Santana continuou seus estudos no Colégio Santanópolis, onde concluiu os
cursos Técnicos em Contabilidade e Magistério, no qual ensinou Latim, Francês e
Português. Lecionou também no Ginásio Municipal Joselito Amorim as disciplinas:
Educação Moral e Cívica, Economia Política e Contabilidade.
Sentindo necessidade de
ganhar dinheiro, para ajudar na subsistência da família foi trabalhar na loja
de sapatos, denominada “Mundo dos Calçados”, de propriedade de Antônio Alves
Caribé.
Em 1952, submeteu-se a
concurso no Banco do Brasil, onde permaneceu até sua aposentadoria em 1982.
Em 1956, após vestibular
ingressou na Faculdade de Direito de Aracaju, transferindo-se posteriormente em
1959 para a Faculdade da UFBA, onde foi diplomado em 1960. Exerceu a profissão
como advogado, nas áreas cível, trabalhista, comercial e penal, em Feira de
Santana e cidades circunvizinhas. Foi um dos fundadores da subseção da OAB
(Ordem dos Advogados da Bahia).
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Na vida pública, José Falcão iniciou
candidatando-se Deputado Federal, mas só conseguiu ficar na terceira suplência,
em 1962. Exerceu seu primeiro mandato parlamentar na legislatura de 1967 a
1971, como vereador da Câmara Municipal de Feira de Santana (BA), eleito em
novembro de 1966 pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de
oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Nesta
legislatura desempenhou as funções de vice-presidente da Câmara e liderou a
bancada municipal de seu partido. Candidato a prefeito pelo MDB em 1971, foi
derrotado por Newton da Costa Falcão. Empresário, professor e proprietário de
uma emissora de rádio na região, elegeu-se em novembro de 1973 prefeito de
Feira de Santana, ainda pelo MDB. Exerceu o mandato entre fevereiro de 1974 e
janeiro de 1977 e voltou a ocupar a chefia do Executivo daquele município, sendo
a criação do Centro de Abastecimento a obra que marcou a sua administração. Entre 1983 e 1988, tendo sido eleito, desta
vez, pelo Partido Democrático Social (PDS), agremiação que sucedeu a Aliança
Renovadora Nacional (Arena) após o fim do bipartidarismo em novembro de 1979.
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Ligado politicamente ao ex-governador
Antônio Carlos Magalhães, líder baiano do Partido da Frente Liberal (PFL), José
Falcão elegeu-se nesta legenda para a Câmara dos Deputados, em 1990. Participou
dos trabalhos legislativos como titular da Comissão de Finanças e Tributação e
suplente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.
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Em maio de 1992 envolveu-se numa briga na
Câmara, quando foi agredido pelo deputado Geddel Vieira Lima, do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), depois que este ofendeu Antônio Carlos
Magalhães, então governador da Bahia.
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Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de
setembro de 1992 Falcão votou a favor da abertura do processo de impeachment do
presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por
ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a
votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 19 de dezembro de 1992, pouco
antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na
presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo
interinamente desde 2 de outubro.
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Nas principais matérias constitucionais
apresentadas na Câmara dos Deputados ao longo da legislatura 1991-1995, Falcão
votou contra a criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira
(IPMF), imposto de 0,25% sobre transações bancárias criado como fonte
complementar de recursos para a saúde, e a favor da criação do Fundo Social de
Emergência (FSE), que permitia ao governo retirar recursos de áreas como saúde
e educação para ter maior liberdade de administração das verbas, e do fim do
voto obrigatório.
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Concorrendo à reeleição nas eleições de
1994, pela legenda do PFL, obteve apenas a quarta suplência. Deixou a Câmara em
janeiro do ano seguinte, ao final da legislatura. Rompendo politicamente com o
PFL de Antônio Carlos Magalhães, em 1996 Falcão candidatou-se à prefeitura de
Feira de Santana, pela legenda do Partido Progressista Brasileiro (PPB).
Durante a campanha, acusou o grupo ligado ao senador baiano de montar “um
acampamento de terror na cidade”, “exercendo um clima de pressão com
inauguração de pequenas obras eleitoreiras”. José Falcão acabou derrotando no
segundo turno o candidato do PFL, Josué Melo. Assumiu o mandato na chefia do
Executivo municipal em janeiro de 1997. Mas faleceu em agosto 1997.
Antes
de casar-se criou um grande número de pessoas, ao lado da professora Maria Antônia
da Costa. Aos cinquenta anos casou-se com Maria da
Purificação Falcão da Silva, não tiveram filhos, mas adotaram filhos pelo coração,
entre eles: José Raimundo e Roberto Tourinho da Silva e muitos outros.
Foi Presidente da
Sociedade Filarmônica Euterpe Feirense.
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