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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sábado, 10 de outubro de 2020

FEIRA DE SANTANA A 66 ANOS


 

ADILSON SIMAS - Santanopolitano, escritor, jornalista, historiador e editor do Blog “Por Simas”.


    Vamos voltar a tempos idos, lembrando o que estava acontecendo em Feira no dia 13 de março de 1953, portanto há 66 anos tomando como fonte algumas publicações da época, assim como noticias vinculadas nos jornais que existiam na cidade.

 

Sobre os jornais vale frisar que além do decano semanário “Folha do Norte” mais dois estavam em circulação. O também semanário “Vanguarda”, do vereador Demócrito Soares e o “Diário de Feira” do prefeito Almachio Boaventura.

 

Antes das notícias, um pouco daquela Feira de Santana que no inicio da década de 50, segundo dados do IBGE, tinha um total de 107 mil 205 pessoas habitando o município, sendo 34.277 no distrito sede e 72.928 nos demais distritos zona rural.

 

Feira tinha como seu prefeito, o tabelião Almachio Boaventura, que antes exerceu o cargo de vereador. Almachio, entre outras realizações, construiu o estádio municipal que mais tarde, em 1966, deu lugar ao atual Jóia da Princesa, edificado por Joselito Amorim.

 

Treze vereadores integravam o poder legislativo. Entre eles três ex-prefeitos: Heráclito Carvalho que governou por dois períodos, no final dos anos 30 e inicio dos anos 40. Francisco Caribé que foi um dos muitos nomeados após a queda do Estado Novo e Aguinaldo Boaventura eleito em 1947, com a volta do regime democrático.

 

Também entre os treze vereadores dois jovens estreantes que entrariam para a história política da cidade. O médico Wilson Falcão e o advogado Francisco Pinto ambos já no “andar de cima”. Em 1971 os dois passariam a atuar juntos na câmara dos deputados.

 

O poder judiciário continuava funcionando no prédio da Prefeitura e as sessões do júri no espaço hoje denominado salão nobre. Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de Feira de Santana, Candido Colombo Cerqueira era a autoridade maior.

 

Feitas essas lembranças, vamos às notícias do tempo que a cidade tinha suas poucas ruas do centro e dos subúrbios, interligadas por muitos becos, alguns famosos com seus nomes exóticos, como o Bom e Barato, Lasca Gato, e Baixinha da Égua, Jibóia e outros.

 

Na saúde, a Santa Casa de Misericórdia distribuiu balancete mostrando receita e despesas com as obras do novo Hospital Dom Pedro de Alcântara. Era provedor o vereador Wilson Falcão, tendo como tesoureiro Antônio Pinto, pai do historiador Raimundo Pinto.

 

Ainda sobre a Santa Casa, a instituição deu conhecimento que no primeiro bimestre do ano, janeiro e fevereiro, foram realizados 61 sepultamentos no Cemitério Piedade, de sua propriedade e único da cidade. Foram 38 em sepulturas pagas e 23 em sepulturas grátis.

 

No esporte a torcida da A. D. Bahia ainda comemorava a vitória de 4 a 1 no amistoso contra o Elite Futebol Clube, campeão de Santo Amaro. O “bicho papão” jogou com esta escalação: Baguesa, Lipinho e Bueiro; Cabo, Tote (Painé) e Juvenal; Alegre, Mirinho, Mário Porto, Macedo e Nozinho (Otoney).

 

Ainda no esporte, o time de basquetebol do Feira Tênis Clube, em que pese a grande exibição, perdeu de 29 a 26 para o poderoso C. R. Itapagipe. Clovis, Regis, Isaac, Dega e Dilermando defenderam o clube feirense que durante o jogo também utilizou os atletas  Itamar, Oyama e Helio Brasileiro.

 

Na cultura, com grande presença foi realizada no Edifício Santana a primeira reunião para a criação da Associação Cultural de Feira de Santana. À frente da iniciativa estava Dival Pitombo, que foi o responsável pela redação do ante-projeto dos estatutos.

 

Na educação, o Colégio Santanópolis, pelo seu diretor Áureo Filho, anunciou para o dia 19 o encerramento das matriculas para os secundaristas e mais o curso comercial. No aviso, lembrou que já no dia seguinte seria iniciado o ano letivo por determinação do Ministério da Educação e Saúde.  

 

 Na política, Claudemiro Campos, presidente do PTB local, enviou dois telegramas a Getúlio Vargas, presidente da república. No primeiro sugerindo a liberação de mais recurso para as obras da rodovia Rio - Bahia e no segundo por conta da seca prolongada, pedindo medidas para amenizar o sofrimento dos nordestinos, em transito na cidade.

 

Na recreação, Silvério Pedra Banca anunciou excursão para quem quisesse conhecer e banhar-se nas águas milagrosas do Jorro, em Tucano. A caravana teve como ponto de partida a Rua do ABC, utilizando seu confortável caminhão de placa nº 3.00.97.

 

Na música, a professora Clarice Bullos Cerqueira avisou aos seus alunos e todos os interessados o recomeço das aulas do curso de piano na escola localizada na Rua Barão do Rio Branco nº 25/A.

 

No comércio, a loja “A Seda Moderna” comunicou aos foliões que “por conta da micareta que se avizinha”, acabou de receber entre outras marcas, “setim lumiére, lamé e duchese em todas as cores, além de organdys organzas lisas e lavradas”.

Repeteco do Memorial da Feira 

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