A história de Geminiano
Costa,
o mestre dos negros e dos
pobres
Qualquer feirense,
nascido ou radicado em Feira de Santana, conhece a Rua Geminiano Costa, uma das
mais importantes artérias da cidade. É ali que estão situados o Ginásio de
Esportes Péricles Valadares, o Centro de Saúde Especializado Dr. Leone Coelho
Leda, a Biblioteca Municipal Arnold Silva, o Museu de Arte Contemporânea
Raimundo de Oliveira, a sede do Fluminense de Feira, o Hospital Dom Pedro de
Alcântara, e a FAN – Faculdade Nobre de Feira de Santana.
A importância dessa rua
nos diversos aspectos da vida da cidade corresponde à grandeza da personalidade
histórica que lhe empresta o nome. Mas pouca gente sabe quem foi Geminiano
Alves da Costa, nome completo do educador negro que deu uma decisiva
contribuição ao sistema educacional de Feira de Santana, nos primeiros anos da
República, no final do século XIX e início do século XX.
Geminiano Costa nasceu em
1867, portanto antes da Abolição da Escravatura, que só viria a acontecer 21
anos depois. Era filho de mãe solteira e, apesar de negro, nasceu livre, porque
era proveniente de uma família de escravos alforriados. Foi apadrinhado por um
rico comerciante da cidade e, graças a isso, conseguiu estudar e tornou-se
aluno-mestre, título conferido pelo Externato da Escola Normal da Bahia, o que
lhe permitiu se dedicar ao magistério.
E foi como aluno-mestre
que Geminiano Costa passou a ensinar as primeiras letras a crianças pobres e
negras, na aula-pública que funcionava em sua própria residência. Foi também
professor na primeira escola municipal de Feira de Santana, inaugurada em 1918
na Praça Fróes da Motta, e que mais tarde viria a ser denominada Escola Maria
Quitéria. Geminiano Costa também foi professor de adultos na Escola para
Pobres, aula noturna para trabalhadores fundada em 1903 pela Conferência de São
Vicente de Paulo, e que funcionou primeiro na Igreja dos Remédios, depois no
prédio da Sociedade Montepio dos Artistas Feirenses.
A história de Geminiano
Costa é contada pela professora e mestre em História, Daiane Oliveira, em mais
um vídeo produzido pelo Memorial da Feira, portal mantido na internet pela
Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Comunicação. O endereço do
portal é www.memorialdafeira.ba.gov.br.
Maravilhosa pesquisa !
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