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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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segunda-feira, 25 de maio de 2020

HISTÓRICO DA AV. GETÚLIO VARGAS V

Evandro J.S Oliveira
Feira de Santana sempre foi parcimoniosa em cavoucar (epa), sua história e estória. Mas recentemente tem havido uma reversão destas atitudes. Algumas boas publicações, produzidas pela UEFS; "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino; Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana, recentemente “Memorial da Feira” e tantos outros... Também vários historiadores, pesquisadores, e pessoas que viveram ou tinham conhecimento de eventos antigos, os quais não citarei para não cometer o pecado de esquecimento. Mas, listarei os que colaboraram no esclarecimento de detalhes importantes, principalmente do casarão cemitério e capela; como Amorim, Carlos Brito, Clovis Ramayana, Cleber UEFS CEDOC,
que viveram e ou sabem de acontecimentos de antes em nossa região. A democratização da mídia, com o surgimento da informática, propiciou milhares de informações, nos Blogs, Face, WhatsApp, Instagram...
Foto 1 - Capela, cemitério e casarão
Vendo uma postagem sobre a criação da av. Getúlio Vargas, houve dúvidas sobre quem fez o empreendimento do casarão, cemitério e capela (foto 1). Brito achou o documento que se fez o desmanche destas propriedades, para a abertura da av. Maria Quitéria, hoje av. Getúlio Vargas, como já postada anteriormente.
Destrinchamos não só este casarão como também outros dois, faltando apenas confirmar a casa construída por Carlos Valadares - ex-prefeito de Feira de Santana e primeiro feirense governador da Bahia – onde hoje é um edifício de apartamento vizinho a Prefeitura. Então vamos aos esclarecimentos:

         Igreja Senhor dos Passos –Sua capela primitiva data de 1850. Foi construída por Felipe Pedreira de Cerqueira para culto doméstico de sua família com a permissão do Arcebispado da Bahia. Quando o casal imperial Dom Pedro e D. Tereza Cristina esteve em Feira de Santana fez-lhe uma visita. Mais tarde ela passou a pertencer à Paróquia de Sant’Ana. Em 1921, sob a administração do coronel Francisco de Macedo, foi iniciada a construção do novo templo (notícia da pedra fundamental, ao lado), o atual, cuja inauguração se deu em 1936, sem as torres (Foto 2 ) que foram construídas e 
         

Foto 2 - Igreja Senhor dos Passos em construção
inauguradas depois. Em estilo neogótico. No interior em escariole e na parte externa uma mistura de vidro e cimento o que dá a ela um brilho único. Com reformas, esse revestimento foi retirado.
Esta narrativa é o senso comum. 
. Acredito que João Pedreira de Cerqueira não tenha como ter construído a citada casa. 
 Não se constrói a capela para depois se construir a casa.
Esta casa foi construída por Felipe Pedreira de Cerqueira. (Brito)


Foto 3 - Casarão, foi Câmara, Prefeitura,
 Biblioteca,"Filarmônica Euterpe".

Comendador Felipe Pedreira de Cerqueira, primo do Coronel Joaquim Pedreira de Cerqueira, que era pai do João Pedreira, que foi o construtor do sobrado em frente à igreja Sr. dos Passos (Foto 3).

Quem edificou o casarão para receber o imperador, em 1859, foi o Coronel Joaquim Pedreira, e não o seu filho, este só veio a herdar o imóvel por morte de seu pai em 1873 (Foto 4). 

Foto 4 - Casarão que foi comprado para ser
 Hospital D. Pedro, nome em homenagem ao
Imperador que contribuiu com 2 contos de réis.
O Casarão custou vinte contos, barato na época
Casarão este que não ficou pronto a tempo de receber suas augustas majestades, razão pela qual o casal imperial ficou hospedado na casa do Coronel, onde hoje é o prédio Centro Comercial Mandacaru (foto 5).
Foto 5  Casarão que foi de Georgina Erismann
Libânia Pedreira Gomes Pereira, filha de Joaquim Pedreira de Cerqueira Júnior e dona Adelaide Edeltrudes Bacelar Pedreira, neta, portanto, do Coronel Joaquim Pedreira, e que foi casada com o Doutor Gabriel Gomes Pereira, esse que realmente deixou uma biblioteca riquíssima quando morreu. Tiveram apenas uma filha que se casou e teve apenas um filho. Libânia deixou a casa que herdou do seu pai (e que tinha sido do seu avô), em testamento para seus parentes pelo lado materno, razão pela qual esta casa veio a pertencer a Georgina Erisman, filha de Leolinda, prima carnal da Libânia.



Ler também:
História da av. Getúlio Vargas IV
História da av. Getúlio Vargas III
História da av. Getúlio Vargas II
História da av. Getúlio Vargas I

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