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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 22 de maio de 2020

GUEDES DE BRITO E AS TERRAS DE ITAPOROROCAS


MILTON PEREIRA DE BRITTO, advogado,filósofo, escritor, poeta, músico, cantor, membro do IHGS, AFL, ACAFSA, ARLJFSA, Comendador da Ordem de Mérito de Feira de Santana



Antônio Guedes de Brito nasceu em Salvador em 13 de fevereiro de 1627 tendo falecido em Morro do Chapéu em 1692 ou 1695 (não se sabendo ao certo a data), e, segundo alguns historiadores, o seu falecimento se deu em campanha pelo sertão da Bahia, talvez nas imediações de Morro do Chapéu, acompanhado de inúmeros capangas, combatendo e expulsando grileiros e índios que ocupavam as suas terras.
Vale destacar que Antônio Guedes de Brito foi um mestre de campo, Governador Interino na Bahia, Juiz Ordinário mais velho da Junta Govemativa, Provedor da Santa Casa de Misericórdia em 1663, Cavaleiro da Ordem de Cristo, rico fazendeiro sendo um dos homens de grande projeção da Bahia seiscentista e o maior proprietário de terras, depois de Garcia D’Ávila, podendo-se dizer que o sertão da Bahia pertencia praticamente a essas duas famílias.
Dentre as terras recebidas por Antonio Guedes de Brito tem-se a “Sesmaria dos Tocós”, recebidas por doação à sua mãe Maria Guedes, às suas tias Ana Guedes e Sebastiana de Brito, ao seu tio Padre Manoel Guedes Lobo, pelo então Governador Geral Dom Diogo de Menezes por Carta 14 de dezembro de 1612.
Na mesma região dos Tocós, recebeu em doação doze léguas em quadra por Carta de 02 de março de 1655 e outra área de terra entre os rios Jacuípe e Itapicurú, sendo que parte das terras dos Tocós correspondia aos campos das Itapororocas. e, somente, decorridos alguns anos, as vendeu para João Lobo Mesquita, que as vendeu para.
João Peixoto Viegas, e este as teve confirmadas por Carta de 09 de julho de 1653 e ainda por Carta de 10 de abril de 1655.
Alguns historiadores registram que mesmo antes do século XVII as terras do sertão baiano, que inclui as terras onde hoje ocupa o Município de Feira de Santana que teve início em São José das Itapororocas, atual Distrito de Maria Quitéria e adjacências, pertenceram ao sesmeiro Antonio Guedes de Brito, filho de Antonio de Brito Correia e de Maria Guedes, descendentes do célebre Diogo Alves Correia o “Caramurú” pela linha paterna e ao sesmeiro Francisco Dias D’Ávila que transmitiu por herança a Garcia D’Ávila Pereira. Tais sesmarias foram denominadas - CASA DA TORRE, com duzentas e sessenta léguas, representada por Francisco Dias D’Ávila herdeiro do Iº Garcia D’Ávila que viera para a Bahia com o primeiro Governador Geral do Brasil Tomé de Souza, e seu herdeiro Garcia D’Ávila Pereira e a CASA DA PONTE, com cento e sessenta léguas representada por Antônio Guedes de Brito.
Desta forma, não se pode negar a importância da presença de Antonio Guedes de Brito por estas terras, inclusive por ter sido ele considerado o segundo maior sesmeiro da Bahia e do Brasil, tendo atuado no domínio das terras dos sertões baianos, ora como desbravador, mesmo considerando o domínio sobre os povos indígenas e negros escravos, que embora tenha sido uma página negra na nossa história, era o que se vivia naqueles idos como
parte da conquista e exploração das terras brasileiras sob o comando português.

Brasão da família Brito
Pesquisando as origens mais remotas de Guedes de Brito encontramos no ano de 1033 a presença do Dom Hero de Brito, Senhor de muitas Herdades em Oliveira, Carrazedo e Subilhões, todas situadas entre o Rio Ave e Portela dos Leitões, muito rica Região, onde se encontra o Solar dos Brito, fundador do Mosteiro de Oliveira, Conselheiro do Rei de Castela e Leão, Dom Afonso VI e por este foi feito Par do Reino sendo-lhe concedido o seu Brasão de Armas em 1072.

Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 16 



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