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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 1 de maio de 2014

COM QUE ROUPA ?

Hugo Navarro da Silva
Tudo indica que o pessimismo e a sensação de insegurança que varrem o país, girando em torno dos desacertos do governo federal, sua política econômica e das maracutaias que  estão surgindo de sua brava gente, famosa pela tremenda sede com que vai  ao pote,  estão gerando  efeito resumido na expressão “salve-se quem puder” e nos faz lembrar, mais uma vez, a velha história do navio sob ameaça de naufrágio.
Já havia indícios de pânico e de entrincheiramento no corpo do ex presidente Lula, considerado um dos sete sábios não se sabe de onde, alguns dos quais já colhidos e recolhidos pelo processo que recebeu o nome de “mensalão”,  que tanto  incômodo  e estragos provocou no seio das hostes governistas.
Agora, deputados do PR, importante partido da base, que leva a sua quota de culpas nos desacertos governamentais, pedem, desesperadamente, a volta de Lula, como tentativa válida para tapar os buracos do barco e talvez salvá-lo do iminente desastre de que não escapará se prosseguir na atual rota de colisão com a opinião pública a esta altura apavorada com o futuro do país, ampliando o coro dos que andam a chorar saudades, os criadores do “volta Lula”, como se  a presidência da república fosse a “casa de noca” desse grupo que não pode esconder incontroláveis voracidades, e lembra outro movimento, o do “queremismo”, que deu até música de carnaval, com a marcha que dizia: “Pega o retrato do velho/ Bota no mesmo lugar.” O movimento não apenas resultou em tragédia, com o suicídio do presidente, como  deu início aos acontecimentos que culminaram com a revolução de 1964 e agora anda em busca de santos, mártires e heróis para os altares da Pátria, com a denominada “comissão da verdade”. O movimento, entretanto, ao contrário do que se possa imaginar, não está esgotado. Ainda vai dar panos para as mangas principalmente se o país continuar a jogar cabra cega com a economia e insistir nos rumos que vem dando, desde os tempos do Lula, à política externa.
O queremismo lulista, tão enganoso e perigoso quanto o getulista, não pode esconder que muitos dos males e perigos que atualmente ameaçam o povo brasileiro começaram no governo do presidente Lula e estão sendo fortalecidos e ampliados na atual gestão, atualmente atolada nos chamados programas sociais (resultados da natural evolução do mundo moderno), e no tamanho exagerado do governo para amparar a sua base de sustentação com  toda espécie de gente,  sem cuidar de outros setores como os da produção industrial e expansão do comércio exterior, em consequência do que fica a raspar o fundo do tacho,  insistindo  na tentativa de escamotear, do povo, dados econômicos  e criar  falso clima de euforia, segurança e progresso, que não mais encontra amparo no seio da população, que sente, a cada  instante, crescerem as dificuldades motivadas por fatores de que se considerava livre, a exemplo da inflação.

O fatos estão levando o povo do desencanto ao pessimismo. Sem enxergar caminhos, demonstrando pouco entusiasmo em torno das próximas eleições, fica a população à espera de mudanças  oriundas da varinha de condão que é o voto popular.  Guiado pelo fiapo de esperança do voto, o povo da Bahia imaginou mudanças radicais no Estado com a possível vitória da oposição e a eleição de nomes confiáveis para o governo e para o Senado.   A oposição, nos dois casos acertou. Despertou insignificantes repulsas e consideráveis entusiasmos que amorteceram e se transformam em desânimo e revolta quando foi divulgado o nome do candidato a vice governador. Foi a gota de querosene na feijoada da oposição, que ficou sem roupa para a festa eleitoral, como no caso do samba de Noel. A oposição, na Bahia, perdeu mais do que roupa. Jogou fora a credibilidade.
Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

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