Evandro J.S. Oliveira |
Merchandising como sabemos é uma veiculação de
propaganda, normalmente em segundo plano com o objetivo de induzir a escolha de
determinado produto ex: quando na novela o personagem rico vai dirigir um carro
de alto estilo e a câmara foca a logomarca, está associando um estilo de vida
ao automóvel. Às vezes um personagem é vendedor de perfume, aí mais direta, a
câmara não só faz close na marca,
como também há diálogo sobre as vantagens do produto.
Como é fácil de entender em uma novela de época não
pode existir esta receita financeira para a produtora. No caso de uma história
que se passa na época da escravidão não se pode fazer merchandising da
qualidade de escravos ou correntes a prova de fugas.
As grandes produtoras de histórias sempre colocaram
como empecilho a falta desta receita, em histórias passadas em outros tempos.
Mas pasmem, não é que uma ideia bem bolada colocarem
merchandising, dentro do texto de uma
estória que se passa nas décadas de 40 e 50?
No drama “Joia Rara” da Globo, no núcleo de teatro
um personagem vem correndo, eufórico com a notícia do mais novo emigrante
italiano, Bauducco. O teatro é composto principalmente por artista de origem
italiana e aí mantem-se um diálogo entre brasileiros e os carcamanos; “agora
vamos comer os deliciosos panetones”, “o que é um panetone?” pergunta um dos
cariocas e o texto discorre sobre as delícias da guloseima.
A BAUDUCCO uma das maiores empresas do ramo no
Brasil, fundada em 1952,
pelo imigrante italiano Carlo Bauducco, cuja empresa inicialmente era resumida como uma pequena doceira no bairro do Brás,
em São Paulo.
Note-se, estamos nas vésperas do Natal,
responsável por cerca de 80% do faturamento deste doce.Evandro "noveleiro assumido".
Nenhum comentário:
Postar um comentário