Hugo Navarro Silva |
Parece que a política está assumindo o controle do Município
e de forma precipitada. São boatos, insinuações, notícias, sherlocadas,
desconfianças, farejamentos e palpites de cambulhada com maluquices de todo
tamanho, carregadas de malsinações e denúncias, que hoje frequentam a cabeça do
cidadão, capazes de criar confusões, desorientação, e destruir pessoas.
A menos danosa dessas novidades surgiu na Câmara. Vereador deseja que a Prefeitura construa
sanitários só para homossexuais das diversas categorias, evitando o assédio.
Entretanto, para coibir assédio, seriam necessários campos de concentração, um
para cada tipo de tendência sexual das muitas que estão catalogadas até agora.
Ou um jardim zoológico.
Em meio de noticiário
sobre políticos que procuram novo partido para pongar em chapa de eleição
proporcional encabeçada por quem arrasta muito voto, apareceu, na Câmara,
panfleto do movimento “vem prá rua”, falando de achaque de vereadores contra empresários da construção
civil com o projeto que estabelece gabarito de dez andares para novos prédios dentro do anel de contorno.
Se é verdade que o projeto não tem sentido, não se baseia em
sólida justificativa e, se aprovado, poderia resultar em enormes prejuízos para
a crescente indústria da construção civil,
a aleivosia é preocupante não apenas para as vítimas, mas para toda a
população, que tem razões para temer o
uso do anonimato na vida política local porque depois do “vem prá rua” podem
aparecer, derrubando reputações, o “sai da rua”, ou o “vai prá casa otário”.
A Prefeitura entregou as contas de seu funcionalismo à Caixa
Econômica Federal, tudo feito legalmente, no que foi seguida pela Câmara
Municipal, em acordos que resultam em ganhos para os contratantes. Nada que
opor. Mas, apareceu boataria, dizem que resultante de fuxicos, também na
Câmara, de que vereadores estariam envolvidos em ações menos nobres na
aceitação do novo gerenciamento e tão fortes que a presidência da Casa teve que
adotar providências, determinando que esse e outros falatórios sejam
devidamente apurados, o que implica em novos assuntos, novas preocupações e
trabalhos, quando há muito mais, do real interesse do povo, a ser discutido e
resolvido.
O que tem despertado o interesse da população com palpites e
boatos, preferentemente, entretanto, é a sucessão do Executivo estadual em que
se engalfinham, na grei governista, diversos pretendentes certos de que Lula,
Dilma, Dirceu e Delúbio, com seus comparsas e ajudantes, vão produzir, no país,
tsunami igual ao último, que fez flutuar muita porcaria e tantas e supostamente provectas e tradicionais inutilidades.
Os tempos felizmente são outros mas não impedem as suposições em torno do
futuro do prefeito José Ronaldo, apontado como o melhor candidato das oposições
ao governo do Estado. Já tivemos, aqui, exemplo de deserção motivada por
ambição, que não deu certo. Governar Feira de Santana, atualmente, é trabalho
complicado e difícil, a exigir liderança, lisura, força, trabalho e lucidez,
qualidades que José Ronaldo possui comprovadamente. Uma saída, agora, para
disputar a governadoria poderia resultar em desastre para o Município cujo
progresso está ameaçado de todo tipo de inimigos que lhe querem capar
território e desenvolvimento. Além disso a máquina governamental cresceu tanto,
transformando-se, ao sabor de necessidades e conveniências, em verdadeiro Complexo
do Alemão, no bom sentido, é claro, se é
que Complexo do Alemão tem algo de bom, que mão forte e tirocínio seguro são
necessários para depurá-la e conduzi-la a caminho que não se afaste dos interesse do
povo. Feira precisa de José Ronaldo na Prefeitura.
Hugo Navarro da
Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis.
Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte".
Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida
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