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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sábado, 7 de setembro de 2013

A VOLTA DA BADERNA

Hugo Navarro Silva


Setores merecedores de alguma atenção mostram-se cada vez mais preocupados com os incertos rumos por onde se vai embarafustando o país, cujo governo encontra, sempre, motivos mais ou menos fantasmagóricos para os gravíssimos problemas nacionais que se vão acumulando  a cada dia.

Ora é a crise  econômica internacional, ora é a queda ou a subida do Dólar entre tantas outras desculpas sem sentido, mas o fato inconteste é que a preocupação existe e tem suas razões.

Apesar da vasta, onerosa e panglossiana propaganda governamental, de que tudo vai bem no melhor dos mundos, o brasileiro assiste  à fuga dos capitais estrangeiros, em grande parte devido à instabilidade  nacional,  à idiossincrasia governamental aos recursos que vêm de fora, mas, principalmente ao excesso de tentativa de controle sobre os serviços públicos, velho sonho esquerdista, que multiplica dificuldades e burocracia e aumenta, substancialmente, entraves propícios ao crescimento da   indisfarçada onda de corrupção que hoje é marca registrada do país, tudo ampliado pela falta de investimentos nos serviços públicos e se resume em recente documento de funcionário municipal da cidade de São Paulo, sobre prédio que desabou, recentemente, matando e ferindo vários trabalhadores. O funcionário escreveu, em laudo de inspeção, que a obra estava embargada, mas continuava mediante acerto na Prefeitura. Foi demitido conforme afirma o noticiário.

Faltou, nas manifestações populares de junho, cartazes contra a crescente burocracia dos serviços públicos, sempre multiplicados e lotados de funcionários, alguns dos quais somente para criar entraves à iniciativa privada e tirar proveitos ilícitos que vão de simples garrafa de whisky a milhões, em dinheiro, variando conforme o valor do empreendimento e a importância do servidor. Essa praga está disseminada em todo o território nacional. As passeatas condenavam o excesso de gastos públicos e o buraco que o governo, com os seus trinta e nove ministérios, vai cavando para enterrar o povo, mostrando indignação em gigantescas passeatas, que serviram, apenas, para assustar os políticos do governo, que poucos meses depois tentaram, na Câmara dos Deputados, salvar os condenados do mensalão, conservando o mandato do deputado Donadoni, condenado pelo Supremo Tribunal Federal pela prática de crime de corrupção,  manobra que a realidade demostrou  ter sido mais do que erro. Foi recado à nação brasileira de que meter a mão nos dinheiros públicos, a roubalheira, é parte inalienável dos direitos dos eleitos. Felizmente o Supremo andou a adotar panos quentes e a grita popular  foi tão forte que a própria Câmara já se mostra inclinada a reformular a doutrina esposada por sua maioria, a da incondicional  e livre rapacidade.

Passadas as grandes manifestações de junho, outras apareceram com menor número de participantes, mas a despertar suspeitas e outras preocupações. Sindicatos convocaram uma paralização geral e bandeiras de partidos começaram a aparecer com os encapuzados a quebrar equipamentos públicos, incendiar veículos de emissores de televisão mas, principalmente, a destruir agências bancárias, principais alvos desses criminosos, despertando a atenção, entretanto, o fato de que as autoridades tiveram o cuidado de proibir, à polícia, o uso de armas,  bombas de gás e  spray de pimenta, valendo salientar que no Rio de Janeiro promotores públicos foram designados para fiscalizar a ação dos policiais no trato com os desordeiros, que puderam agir livremente, arrebentar tudo e furtar o que lhes aprouvesse, diante de policiais inermes e ameaçados de processo criminal.

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