Carlos Pereira de Novaes |
Toda profissão tem lá seus altos e baixos. A que
está em alta agora é a medicina. Salários altos. Podem escolher mais e ai, não
querem mais ir para o interior. Mas quem quer ir para o interior? Quem gosta de
mato é onça.
Bem,
isto é o que a gente nota. O que faz a presidente? Importa, então, os médicos,
já que os nossos gostam mesmo é de fruta madura, no pé, que cai ao nosso lado e
sem marimbondo e de preferência na beira da estrada.
Ué?
Gato não quer, cachorro come e aí, reclamam. Reclamam por quê?
Têm gente botando banca demais por ai.
A única coisa que está errada é o médico
não ter o consentimento para trabalhar de seus conselhos, que afinal, existem
para os brasileiros e têm que existir para os estrangeiros, por que senão, eu
vou pedir para não pagar mais o meu conselho, já que para eu trabalhar como
engenheiro, eu pago o conselho, haja vista as placas, bem comuns nas obras,
onde tem o nome do engenheiro e o número do conselho. Como é que um
farmacêutico vai dar um remédio a um paciente
sem o número do conselho do médico na receita? Pode?
De forma que eu acho é que a
presidente está certa no trato da questão, ma o seu proceder não. Se não, para
que conselhos, ordens, etc.? Acabem com isto! Eles não são legais? Pois devem
ser respeitados, pois cabem a eles fiscalizar o exercício das profissões e isto
é lei e não tem conversa.
Agora, que os médicos estão com o
balão cheio demais, estão! Hoje em dia nem convênio presta mais. Tem médico que
cobre meia-entrada, ou seja, a metade do preço da consulta, quando o cliente é
de convênio. Têm médicos que pedem uma pá de exames, muitos até desnecessários,
que eles fecham a cara quando nós reclamamos, que normalmente levam bem mais
que um mês para serem realizados, por que os exames de convênios também demoram,
o que é normal, e depois querem ainda cobrar uma outra consulta de retorno, só
por que a lei que trata do assunto assim o reza. Ora, consulta de retorno deve
ser meia cobrança, pois são só meras olhadelas e não uma consulta nova.
Quanto esta história do médico ser
cubano é pura bobagem. Em Miami está cheia de médicos cubanos e são de
primeira. Isto é preconceito e, depois, o que faz um médico, um engenheiro, é a
sua atuação profissional. Se é bom, vai ter cliente, se não é, os clientes
desaparecem e ponto final. Aliás, quando você for a um médico, olhe a fila! Se
está pequena demais, abra o olho, pois tem marimbondo no pé. Médico bom tem
fila, mas os seus exercícios têm que ser de acordo com a lei e quem fiscaliza
estas atuações são os conselhos.
Quanto à ida dos médicos como de
qualquer profissional para o interior, eu acho que o governo deveria rever o
projeto Rondon, melhorar as condições dos alunos para verem como é o interior,
a sua vida, dar melhores condições, inclusive um salário, uma bolsa-estudante,
mais gordinha, né? Vocês vão ver os médicos, engenheiros, farmacêuticos,
maestros e outros profissionais lá no nosso interior. Mas só contar com a boa
vontade, não dá não é!
Por exemplo, o nosso interior se
ressente muito de advogados, de mais farmacêuticos, de professores,
sanitaristas, maestros, atores, profissionais de desportos, que também são
profissionais e não só de médicos. Por quê? Ora, sem uma bandinha, a meninada
vai cair mesmo é na maconha, no craque, que já estão invadindo o nosso interior
e cabeça vazia é oficina do diabo.
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