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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

PERFIL DE BERNARDINO DE CARVALHO BAHIA - PIPIU



Bernardino de Carvalho Bahia (Pipiu), Nascido em 08 de Dezembro de 1932 na cidade de Feira de Santana, Bahia. De seu avô paterno, Bernardino da Silva Bahia, herdou o nome e o apelido, além de qualidades morais e humanas que o nortearam por toda a vida.

Seus pais, Carlos Arthur Rubinos Bahia, pecuarista e Maria da Glória de Carvalho Bahia, de prendas domésticas, ambos nascidos em Feira de Santana, ele na sede do município e ela no distrito de Bonfim de Feira, aqui sempre moraram e educaram os filhos que foram dois, Bernardino e Luis Carlos.

Seu local de nascimento foi a residência de seus pais, à Avenida Senhor dos Passos, onde hoje funciona a Casa de Saúde Santana, casa em que residiram por algum tempo.

Veio ao mundo pelas mãos cuidadosas de uma parteira amiga da família e de seu avô materno, o farmacêutico João Barbosa de Carvalho, de quem recebeu um legado de ensinamentos humanitários e de solidariedade que o fazem uma pessoa diferenciada. Deste seu avô, Bernardino herdou também a musicalidade que é um traço muito forte de sua personalidade. João Barbosa de Carvalho era maestro, compositor de músicas sacras e um flautista considerado pelos entendidos um virtuose. Daí a explicação dos dotes musicais de Bernardino. Do lado paterno ele também recebeu influências musicais. A sua avó, Luiza Rubinos Bahia, uma espanhola de nascimento, tinha uma voz maviosa, cantava canções e pasodobles de sua terra natal, encantando a todos.

O seresteiro e amante da música romântica, despertou muito cedo, ainda criança, em 1943. Aos onze anos de idade, fez sua primeira apresentação em público, no auditório do Colégio Santanópolis, acompanhado pelo saudoso maestro Estêvam Moura. Daí em diante, não abandonou mais a música, sua companheira de todas as horas. Em 1947, cantou durante um ano, na Rádio Sociedade de Feira de Santana, acompanhado pelo extraordinário pianista, Josué Nonato. Continuou cantando, atendendo sempre a convites, em festas beneficentes, em serestas nas casas noturnas da cidade e saraus em casas de amigos.

Em 1950, conheceu o cantor espanhol Gregório Barrios, de quem se tornou amigo e com quem cantou em várias oportunidades.

Em 1951, Francisco Alves esteve em sua casa e ao ouvi-lo cantar, quis levá-lo para o Rio de Janeiro, garantindo-lhe o início de uma carreira artística, o que não foi aceito por ele, para não se afastar da família.

Em excursões pelo mundo, cantou na Grécia, Áustria, França, Espanha, Argentina e onde se apresentasse a oportunidade, ele fazia com o prazer de quem faz o que gosta.

Em 1995, pela iniciativa de seu filho, Carlito, gravou um CD de seresta a pedido de sua família e de alguns amigos. Em 2000, pelos mesmos motivos, voltou a gravar, desta vez boleros e em 2013, gravou um novo CD de músicas românticas, acompanhado ao violão pelo seu neto Bernardo.

Fez seus primeiros estudos na escola particular da professora Helena de Sena Assis, de quem recebeu ensinamentos na área de educação formal e noções de cidadania que ele soube desenvolver ao longo dos anos. Concluiu o primeiro e segundo graus no Colégio Santanópolis.

Seguindo a tradição de sua família, tornou-se pecuarista, assumindo a direção da Fazenda Paus Altos no município de Antonio Cardoso, desenvolvendo a criação de gado leiteiro e posteriormente de gado Santa Gertrudes, como um dos pioneiros da região. Atualmente é criador de gado Nelore.

Durante alguns anos, fez parte do comércio, como um dos proprietários de um supermercado localizado à rua J. J. Seabra.

Para servir à sua terra natal, foi Secretário do Desenvolvimento e Obras Públicas na gestão do eminente feirense, Joselito Falcão de Amorim, a quem sempre foi ligado por laços de amizade e respeito mútuos.

Sócio fundador dos dois clubes da cidade, Feira Tênis Clube e Clube de Campo Cajueiro, sendo assíduo frequentador, juntamente à sua família, prestigiando a sociedade com suas presenças e dela recebendo demonstrações de apreço e amizade.

Participa ativamente de movimentos filantrópicos, faz parte dos Irmãos da Santa Casa de Misericórdia, contribuindo em campanhas para a revitalização do Hospital D, Pedro de Alcântara, o mais antigo e tradicional da cidade.

Contador de casos e piadas gosta de prestar homenagem a seus amigos, contando passagens de suas vidas, com humor e autenticidade.

Sua filha Liège, reuniu alguns desses casos e publicou um livro intitulado, “A Feira dos Meus Tempos” que ainda conta com alguns depoimentos de amigos sobre ele.

Recentemente, a Prefeitura Municipal de Feira de Santana, o incluiu entre os homenageados com uma Comenda Municipal, em reconhecimento aos seus méritos de cidadão feirense honrado, representante mais antigo de uma família que tem sabido dignificar o seu nome e tem servido de exemplo para as novas gerações.

Casou-se em 1959 com Ada Maria Mascarenhas Bahia e sua descendência hoje é composta de dois filhos, Carlos Artur Rubinos Bahia Neto, Liège Mascarenhas Bahia e três netos, Carla, Bernardo e Maria Antonia que usam o seu sobrenome com muito orgulho.

Perfil escrito por Ada Maria Mascarenhas Bahia 

 

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