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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

O QUE AGUARDA AS ELEIÇÕES DE 2022 PARA O EX-PREFEITO JOSÉ RONALDO DE CARVALHO?

Evandro J.S. Oliveira
   O Jornalista Cironaldo Santos compareceu em minha residência com um editor de “O METROPOLITANO” para uma entrevista sobre o momento político baiano, principalmente o futuro de José Ronaldo na próxima corrida eleitoral, agora com a edição mensal do caderno do “O METROPOLITANO”, nas bancas de jornal, publicamos concomitantemente a entrevista em nosso Blog.

    

    O desdobrar das articulações políticas que resultarão nas composições de chapas majoritárias para as eleições de 2022, mesmo ainda faltando pouco mais de um ano para o pleito, que colocará para apreciação do eleitorado os candidatos à presidência da República, governadores, senadores e deputados estaduais e federais.

    Atento a cada movimentação, Evandro Oliveira arrisca a fazer conjecturas sobre as possibilidades de êxito de algumas figuras carimbadas no cenário feirense e que certamente disputarão um lugar no cenário político através das urnas.

    Para Evandro Oliveira, a disputa dos pretensos candidatos já começou, com a movimentação de "pedras" no tabuleiro político. São justamente as articulações de bastidores, silenciosas e sigilosas muitas vezes, que definem as alianças políticas para impulsionar as candidaturas e principalmente as vagas que cada um poderão ocupar na composição das chapas.

    Com especial atenção voltada para a performance da principal liderança política da atualidade na cidade, Evandro Oliveira avalia as possibilidades para o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho na tentativa de alçar voos mais altos na vida pública. Acredita que para este candidato as "ambições" políticas o levem certamente a tentar galgar postos na política ainda não cobiçados, que resultem em maior visibilidade no cenário estadual e até nacional.

José Ronaldo de Carvalho
    Levando em consideração a possibilidade de qualquer espécie de vaidade prevalecer na tomada de decisões, o que é bastante comum às lideranças políticas mais experientes e testadas, Evandro é enfático ao acreditar piamente que uma eventual candidatura do ex-prefeito por quatro mandatos para ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa baiana ou na Câmara Federal seria automaticamente descartada.

    Para fazer suas projeções, Evandro faz um retrospecto das últimas eleições para Governo do Estado, há três anos. "Na eleição passada estava no shopping e me perguntaram como eu via o futuro político de José Ronaldo?” Respondi que José Ronaldo tinha 50% de chances de ser candidato a governador, 20% de chances de ser candidato a deputado federal e apenas 10% de chances de não querer sair candidato a governador[i].

    Ele continua com suas conjecturas no cenário político. “Naquela eleição existiam disponíveis duas vagas para senador, além de federal, e ele não quis. Então ACM Neto, que tinha pesquisa qualitativa, não tinha perspectiva, abriria mão da disputa para não ser perdedor e daria a oportunidade a José Ronaldo de ser visto também no Estado, já que uma liderança muito local. Então entendemos que 99% das candidaturas não são lançadas para ganhar nas urnas”, avalia.

ACM Neto

    Com analise semelhante do tabuleiro político para as próximas eleições, Evandro Oliveira faz novas conjecturas sobre o destino político de José Ronaldo para as eleições de 2022. “Estas eleições de 2022 têm muito pajé para pouca taba[ii]. Primeiro porque certamente José Ronaldo quer uma eleição mais elevada que para deputado federal. Só que nesta eleição diminuiu o número de tabas.

    Para senador nesta eleição só tem uma vaga, e, certamente José Ronaldo, no imaginário dele, somente aceitaria três cargos, ou seja, senador, vice-governador e governador”.

Só que o tabuleiro da política apresenta algumas movimentações que reduzem drasticamente as possibilidades eleitorais no próximo ano. Em sua avaliação, o movimento vitorioso seria do PT com Jaques Wagner na cabeça da chapa, tendo ainda na composição Otto Alencar e João Leão. Ele avalia, entretanto, que ainda no páreo do PT entraria o atual governador Rui Costa, que não pode se reeleger para o cargo, sendo assim automaticamente um candidato natural ao Senado para não ficar quatro anos sem mandato. "Não tem vaga suficiente para os que estão no poder quanto mais os sem mandato", frisou. Diante deste cenário, Evandro vê ainda disputa mais acirrada dentro do próprio grupo da base do PT. "Pode acontecer de Leão sair desse grupo. E se sair, ele tem duas opções, dentre elas o de ir para o DEM, já que já foi desse grupo. Entretanto, nesse grupo já cria outro problema pois a possibilidade é menor de ganhar. E se ele sair como candidato ao Senado ou vice, diminui cargo disponível para José Ronaldo. O DEM teria que arrumar Leão e desta vez ACM Neto não pode correr da linha como candidato a governador, mesmo porque a atuação dele é elogiada até mesmo pelo PT, já que trabalhou sem radicalizar com o Partido dos Trabalhadores. Ainda em outra hipótese, admitindo que o DEM lance candidato líquido e certo, ficaria uma vaga para o Senado e outra para vice. Porém, se aceitar Leão ainda tem o PSDB que acompanha ele o dia todo, vai querer uma das duas vagas. Eles (PSDB) têm dois trunfos, têm voto e têm o único com dinheiro para gastar, que é o cara de Mata de São João[iii].

    Há ainda uma terceira via, avaliada por ele é a candidatura de Roma, será candidato de Bolsonaro. ACM Neto acha que ele não deveria aceitar ser o candidato e ficou revoltado com Bolsonaro[iv].

    Quanto aos rumores nos bastidores da política feirense de suposto acordo para Colbert deixar o governo no meio do mandato, para disputar as eleições para deputado federal, professor Evandro descarta a possibilidade. "Este era um raciocínio lógico. Quem raciocinou isto primeiro fui eu. Colbert Filho não é político como o pai, que era político "citadino", que vivia na comunidade. Colbert Filho adora Brasília. E o nome Colbert virou marca, principalmente porque Colbert foi um excelente legislador". Evandro Oliveira lembra que quando Colbert Filho foi ser candidato, se imaginou que ele ficaria dois anos no mandato e cederia para o vice, como liderança de José Ronaldo. "Entretanto, quando a disputa eleitoral acirrou entre Colbert e José Neto, houve acusação de que ele não iria concluir o mandato. Então ele mesmo botou barreira de que ele nunca iria aceitar deixar o mandato no meio. Sendo assim, na atual circunstância, ele não deixará o cargo", considera. 



[i] N.B. corrigindo: 50% candidato a Senador, 20% candidato a deputado Federal e 10% candidato a Governador, na época o candidato natural a governador era ACM Neto, como hoje e José Ronaldo era forte candidato ao uma das duas vagas do Senado, até então foi motivo de riso os 10% de candidato a Governador.

[ii]têm muito pajé para pouca taba. Expressão popular define muitos candidatos para poucas vagas. 

[iii]N.B. João Gualberto Vasconcelos, atual prefeito. O fato de não ser candidato nesta eleição, é natural que sua contribuição seja reduzida. 

[iv] N.B. o texto está um pouco truncado, disse que houve “estilhaço” na união de ACM Neto e Bolsonaro, quando da nomeação para ministro de João Roma Ministro da cidadania. Bolsonaro precisa de “palanque” na Bahia, para a reeleição e não sabe se tem com ACM Neto.


 

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