Evandro J.S. Oliveira |
O futebol é muito mais que um espetáculo.
Analisemos todas
suas vertentes:
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Como esporte -
há muito tempo ouvi de um intelectual dizer “futebol não ia dar certo, pois era
o único esporte coletivo jogado com os pés, o corpo do ser humano tem como
caracterização privilegiar a função motora das mãos”. Tempos depois pesquisei, e
não encontrei como contrariar a assertiva. Até na natação quando esporte
coletivo, polo aquático (Water Polo), também na equitação, o jogo Polo, quatro cavaleiros com um taco e uma bola de plástico. Futebol
é o esporte mais democrático e agregador, não depende de altura, tem lugar para
os baixinhos, magros, os gigantes de peso como o Sumô, gênero; não tem obstáculo
econômico, como natação, esgrima, automobilismo (é esporte?}. Para começar a
pratica basta uma área pequena 4 pedras para marcar os gols, uma bola, pode ser
de meia, bexiga, até fruta, aí temos um “baba”, “racha”, “pelada” ...
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Como espetáculo – o número de assistentes, ouvintes bate qualquer evento esportivo ou não,
seja religioso, político, teatral...
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Como organização – a FIFA (Federação Internacional de Futebol) tem mais filiados 211 que o
COI (Comitê Olímpico Internacional), 206 e a ONU (Organizações das Nações
Unidas), 193. As três maiores organizações do mundo.
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Futebol Apátrida – Dois eventos que superaram as hostilidades: Partida da Morte foi um jogo de futebol não-oficial disputado em 1942 por prisioneiros de guerra soviéticos e soldados nazistas da Werhermacht. O time soviético, formado em sua maioria por ex-jogadores do Dínamo de Kiev, derrotou os alemães, mesmo sabendo que as consequências de
tal feito poderiam ser fatais. Em jogo de futebol na África, foi suspensa uma
guerra para que os litigantes pudessem assistir ao espetáculo em que fazia
parte Pelé.
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Futebol politicamente correto – Agora nas eliminatórias da Copa do Mundo, o futebol teve
avanço na queda de barreiras: política, ideológica, preconceituosas... Primeiro
evento esportivo oficial, realizado na Coréia do Norte contra a Coréia do Sul, governos que não se reconhecem oficialmente como países;
jogo em Jerusalém, entre Palestina x Arábia Saudita; Partida de futebol entre Iraque
e Irã, contendores de uma guerra fraticida, com duração de oito anos na década
de oitenta; FIFA convenceu ao Irã, a venda de oito mil ingressos para as
mulheres, esgotados rapidamente.
Ainda temos racismo nos estádios, mas sempre punidos com rigorosidade.
A FIFA, representando o futebol, é quem deveria
ter o Prêmio Nobel da Paz.
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