Evandro J.S. Oliveira |
Na delícia da contemplação do poema do nosso
colaborador, o Santanopolitano Ismael Santana Bastos, postado abaixo neste
Blog, vendo a última estrofe, rememorei um caso interessante ocorrido no Cine
Teatro Santanópolis.
Na construção desta casa de espetáculo um servente
se destacou, dedicado, trabalhador, honesto e com outras qualidades. Meu irmão
Beto resolveu aproveitá-lo dando a oportunidade para ele fazer parte do quadro
de funcionários do cinema, como lanterninha.
Pé de Serra, como era chamado, era um pernambucano alto, com sotaque bem
carregado de nordestino. Vestido com a farda vistosa adequada à função, se
sentia no máximo da recente carreira.
No escritório do cinema, estava uma confusão; Beto,
Pé de Serra e um casal jovem falavam alto, eu subi para advertir que na sala de
projeção estava chegando o burburinho, incomodando os assistentes, aí ouvi o
relato de Pé de Serra: “Dr. Beto, vinha
na minha tarefa de manter a coisa certa, quando minha lanterna botou facho na
cara destes dois, não era que o suplicante aqui do lado estava pendurado nos
berços da suplicada, tive que dar zelo nesta casa de respeito!”
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