Que maravilha a nossa querida Feira!
Lembro-me de algumas coisas, como do trem Automotriz, cuja estação era um barracão enorme, feio e desajeitado (hoje é uma praça onde funciona o Feiraguai), mas era uma delicia viajar e esperar o trem, que sempre atrasava. Lá encontrávamos muitas pessoas amigas que faziam o mesmo. Tudo passa!
Lembro-me também das deliciosas matinais e matinês dançantes na Euterpe Feirense e ao Feira Tênis Clube (na época era o máximo!). Nós nos divertíamos sem as maldades existentes hoje; dançávamos;
batíamos papo com os amigos. Quanta saudade...! E as Micaretas, com as batalhas de confetes, pela manhã, no Feira Tênis Clube. Anoto bem que foi em uma delas que conheci meu esposo, advogado, recém-formado, que, por sinal nunca o tinha visto. Como estava mascarado, mexemos com ele (eu e uma prima) e à noite, ele nos localizou e daí começou o “flerte” (atual paquera). Depois começamos a nos encontrar e deu em casamento, que deste enlace nasceram três filhas e por desdobramento da família veio um neto e uma neta. Fomos abençoados!
Lembro-me quando fiz o Exame de Admissão ao Ginásio, no Colégio Santanópolis, onde existia o “trote” para os calouros. Cheguei toda vaidosa, de farda nova, a rigor, após ter tido uma hepatite fui logo dizendo: “não vou tormar trote, pois estou doente” e Dr. Áureo Filho (dono do colégio) foi comunicado sobre o fato. Não deu outra, recebi na cabeça e no rosto um pacote de fubá de milho. Saí chorando feito uma boba e ainda tomando vaias e sendo chamada “bebê”. No dia foi horrível, mas hoje dou muitas risadas ao me lembrar deste episódio.
Foram quatro anos maravilhosos, me relacionei bem com todos os colegas e fui muito feliz ali. Ao concluir o curso fui para a Escola Normal na Rua Direita, hoje Rua Conselheiro Franco. Foram três anos de muita alegria e distração, como também estudei muito. Com minhas colegas sempre tive muito bom relacionamento. Estudávamos, dançávamos, filávamos aulas para ir às matinês nos cinemas: Aurora, Íris, Santanópolis, Brasil. Era uma folia! De vez em quando éramos surpreendidos por algumas mães e ai, já viu, não é? Bronca na certa, mas tudo valia a pena e repetíamos sempre a façanha. Tudo sem maldade!
Teria bem mais casos e “causos” para relatar, mas está de bom tamanho, Quanta saudade! Pertenci aos “Anos Dourados”. Todos nós éramos castigados quando merecíamos, mas ninguém tem traumas nem complexos. Valeu, valeu, valeu!
Lembro-me de algumas coisas, como do trem Automotriz, cuja estação era um barracão enorme, feio e desajeitado (hoje é uma praça onde funciona o Feiraguai), mas era uma delicia viajar e esperar o trem, que sempre atrasava. Lá encontrávamos muitas pessoas amigas que faziam o mesmo. Tudo passa!
Lembro-me também das deliciosas matinais e matinês dançantes na Euterpe Feirense e ao Feira Tênis Clube (na época era o máximo!). Nós nos divertíamos sem as maldades existentes hoje; dançávamos;
batíamos papo com os amigos. Quanta saudade...! E as Micaretas, com as batalhas de confetes, pela manhã, no Feira Tênis Clube. Anoto bem que foi em uma delas que conheci meu esposo, advogado, recém-formado, que, por sinal nunca o tinha visto. Como estava mascarado, mexemos com ele (eu e uma prima) e à noite, ele nos localizou e daí começou o “flerte” (atual paquera). Depois começamos a nos encontrar e deu em casamento, que deste enlace nasceram três filhas e por desdobramento da família veio um neto e uma neta. Fomos abençoados!
Lembro-me quando fiz o Exame de Admissão ao Ginásio, no Colégio Santanópolis, onde existia o “trote” para os calouros. Cheguei toda vaidosa, de farda nova, a rigor, após ter tido uma hepatite fui logo dizendo: “não vou tormar trote, pois estou doente” e Dr. Áureo Filho (dono do colégio) foi comunicado sobre o fato. Não deu outra, recebi na cabeça e no rosto um pacote de fubá de milho. Saí chorando feito uma boba e ainda tomando vaias e sendo chamada “bebê”. No dia foi horrível, mas hoje dou muitas risadas ao me lembrar deste episódio.
Foram quatro anos maravilhosos, me relacionei bem com todos os colegas e fui muito feliz ali. Ao concluir o curso fui para a Escola Normal na Rua Direita, hoje Rua Conselheiro Franco. Foram três anos de muita alegria e distração, como também estudei muito. Com minhas colegas sempre tive muito bom relacionamento. Estudávamos, dançávamos, filávamos aulas para ir às matinês nos cinemas: Aurora, Íris, Santanópolis, Brasil. Era uma folia! De vez em quando éramos surpreendidos por algumas mães e ai, já viu, não é? Bronca na certa, mas tudo valia a pena e repetíamos sempre a façanha. Tudo sem maldade!
Teria bem mais casos e “causos” para relatar, mas está de bom tamanho, Quanta saudade! Pertenci aos “Anos Dourados”. Todos nós éramos castigados quando merecíamos, mas ninguém tem traumas nem complexos. Valeu, valeu, valeu!
Colégio Santanópolis - 1933 |
Hoje quando vejo minha querida cidade como está, em
progresso, sim, mas não tão agradável como era. Toda invadida por pessoas de
todos os lugares, que na maioria das vezes só querem ganhar dinheiro, mas não
amam nossa terra, que é “formosa e bendita/ paraíso com nome de Feira”
(Georgina Erisman).
Escola Normal 1927 |
Transcrito da revista "História e Estórias dos Séculos XIX e XX
(Escritas a cinquenta mãos).
Edição Especial do
Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana - 2015 pag. 71/2
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