Evandro J. S. Oliveira |
Dois extremos de educação
produzidos na copa, um positivo e outro negativo, nos chama atenção. Vale a
pena repensarmos sobre o assunto.Primeiro a excelente educação demonstrada
pelos japoneses. Terminado o jogo, tendo o Japão perdido de virada para
Costa do Marfim, por 2x1, a torcida japonesa, só saiu do estádio depois de
limpar o local onde assistiu o jogo. Foi um ato inusitado para nós, que estamos
acostumados a ver a torcida perdedora revoltada, agredir, arrebentar, jogar
objetos na torcida adversária, e até em alguns casos, assassinar. Entretanto chamamos
a atenção que não é só um fenômeno brasileiro. O maior desastre já existido em
um estádio de futebol foi na Europa, ficou com o nome da tragédia de Heysel,
no jogo da liga dos campeões europeus, entre o Liverpool, equipe inglesa e a Juventus,
da Itália, quando morreram 38 torcedores, ferindo quase uma centena. Em
pesquisa recente, detectou-se as dez torcidas mais violentas, uma brasileira, Palmeiras, duas Inglesas, uma
italiana, uma croata, uma turca, uma grega. Em suma 60% da Europa educada.
A razão de mostrar outros países é para não aumentar, o que se denomina hoje o complexo
vira-lata do brasileiro.
A segunda é extremamente
negativa. Na abertura da Copa a Presidente ELEITA, foi xingada por parte da
torcida brasileira, com terminologia de baixo calão. Os que vaiaram,
provavelmente foram educados em instituições escolares particulares, visto que
o preço do ingresso foi proibitivo para a grande massa que frequentou
instituições públicas, ficando óbvio que a educação não é só uma questão de
investimento.
Vimos em matéria posterior, uma
família japonesa que vive no Brasil, já na terceira geração. Os filhos pequenos
chegando da escola e tirando o sapato para entrar em casa. No caso foi preservado
uma educação milenar, que aqui nós chamamos de educação de berço.
O advento das duas guerras
mundiais, tiveram como consequência educacional a retirada das mães , avós,
tias dos lares para o trabalhar fora, ficando a educação à cargo das
escolas e aí estas não tiveram a
capacidade de assumir esta nova função .
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