Carlos Pereira de Novaes |
Esta vida é bem gozada. Em matemática tem várias
classificações para os números. Números cardinais, ordinais, complexos, reais, irracionais
e vários outros e como não sabíamos como solucionar certos problemas em
álgebra, o jeito foi descobrirmos uma nova categoria de números, os
pseudo-reais, que é um tipo de número bem diferente, que nós usamos numa
álgebra também bem diferente, que ninguém conhece, e pelo que vimos, não querem
conhecer, que é a álgebra pseudo-real, que é uma modesta contribuição deste
professor para a matemática, fruto de décadas de estudos e pesquisas nossas.
Esta
talvez seja à nossa contribuição a esta calorosa e bela cidade que nos acolheu
nestas últimas três décadas, a quem presenteamos com uma ode poética algébrica
pouco entendida, mas que brotará em breve.
Foram
anos de muita luta e labuta, de trabalhos caseiros, que iam noite à dentro,
pois o ramo da matemática é muito árduo, e ás vezes, tão árduo, que mesmo
depois de quase pronto, o trabalho nem sempre é entendido.
No
fundo, nós entendemos, até por que a nossa sociedade em geral é impulsionada
por forças de inércia enormes, centenárias, que arrastam de tudo em seu
caminho, não deixando nem que a luz racional moderna venha mostrar um novo
caminho a seguir, que, no fundo, já era velho, mas pouco conhecido, que é a
álgebra hiperbólica, de Leonard Euler, que veio já faz três séculos mas era
pouco conhecida. Assim, o nosso único mérito foi só mostrá-la, decifrá-la, já
que o seu real criador não poderia em sua época desenvolvê-la, por falta de um
aparato moderno que hoje é fácil de ser manipulado, que é a computação, já que
todo o nosso trabalho foi feito com máquinas HP de bolso.
O que produzimos afinal. Foi um livro,
a que chamamos de Memórias de um matematiqueiro- álgebra pseudo-real, onde
mostramos, à nossa maneira, pseudo-real, que os números complexos podem ser
vistos através de um novo tipo de metodologia mais moderna como números
pseudo-reais, que parecem até serem reais mesmo, que para não nos chocarmos
contra os matemáticos, nós os chamamos pseudo-reais. Eles são como os
arco-íris, que no fundo, são apenas uma impressão ótica, ma se olhados frente a
frente, parecem reais.
Assim
é a álgebra pseudo-real. Se ela é real mesmo ou não, isto não nos interessa
mais, é problema dos matemáticos teóricos.
Assim
é a álgebra pseudo-real. Ela pode nem ser entendida direito, mas funciona maravilhosamente
e ao contrário do que se pensa, é muito fácil.
Para
entendê-la, nós temos que recordar até o próprio Euler, tentando, lá em seu
tempo, dar uma aula sobre funções hiperbólicas. Imaginem. Deveria ser um
trabalhão. Hoje é uma bobagem lidar com as funções hiperbólicas, mas naquele
tempo, não, era uma dificuldade enorme, quase intransponível.
Assim
é a álgebra pseudo-real, que com a ajuda de uma simples Hp tipo científica, se
for pré-programada, fica facílimo lidar com esta álgebra, que nós, vamos
repetir e dizer, não é nossa, é apenas um avanço da ciência algébrica.
Ela
poderia ter avanço? Sim, mas este professor gostaria de dizer que ele já está
se aposentando e gostaria de mudar a sua atividade e ser também, quem sabe, um
engenheiro consultor na área em que atua, que é a engenharia dos recursos
hídricos, estatística e calculo numérico e não tem mais paciência de continuar
nesta labuta hiperbólica infinda, como é esta álgebra. Obrigado.
Feira de Santana, 31/ 3/2013. Carlos Pereira de Novaes. Professor da UEFS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário