Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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domingo, 21 de abril de 2013

FILÕES DE AULAS

Evandro J. S. Oliveira


Um dos problemas nas Escolas Públicas é a falta de controle das crianças e adolescentes, quanto à frequência nas aulas. Nas Escolas Particulares, adultos pais ou responsáveis, levam os alunos para o colégio e vão buscá-los, seja por uma questão de segurança como também para certificarem-se da presença. Em todas as escolas particulares, há porteiros,  depois da entrada dos alunos, encerra o acesso, só sendo liberados no final das aulas do turno, a não ser por uma necessidade em que o responsável autorizado pede permissão á diretoria e quando depois de analisado o problema, o aluno é dispensado. Sempre houve esta preocupação, mesmo no tempo em que a cidade pequena era pacífica, não havendo a apreensão com a segurança.

Lembro quando garoto e lia revista em quadrinhos, tinha um personagem, se não me engano nas tiras de Bolinha, era um caça gazeteiro, e aqui chamados filão.

Recordo um episódio de minha Tia Catuca, já falei sobre ela em outra postagem, era aquela educadora que não se restringia ao recinto do Santanópolis, se preocupava com a vida dos seus alunos e da comunidade feirense em todos os aspectos. Mas voltemos ao caso: certa vez deram por falta de alguns alunos nas salas de aula comunicando à Diretoria, Professora Catuca averiguando o acontecido, constatou a falta, presumindo que pularam o muro, perguntando aqui e acolá, chegou ao Cine Íris. Estava passando um filme proibido para menores de dezoito anos, nas matinês do meio de semana não havia fiscal do Juizado de Menores. Ela entrou chamou o gerente do cinema mandou parar o filme e acender a luz, qual gerente teria o semblante de não obedecê-la? Quando a plateia ficou iluminada, ela acompanhada do gerente, caminhando pelo corredor e olhando a fila pelos dois lados, terminou encontrando os seis filões, mesmos eles tentando esconder-se, escorregando na cadeira. Estavam na mesma fila, fardados e entre o grupo encontravam-se o filho dela Geraldo, meu primo, e eu. O meu castigo foi dois meses sem ir ao cinema nos fins de semana.

Mas o Colégio foi expandindo, como também a cidade e Catuca não mais existia, e então teve que se adaptar às novas realidades. Foram adotado as cadernetas, exemplo compartilhado no facebook de Hamilton Bacelar, (ao lado). Trabalhei como auxiliar, controlando as cadernetas, carimbando-as. Posteriormente, instalou-se um relógio com cartão de ponto com nome dos alunos, marcando a entrada e saída, enviada aos pais no fim do mês, recebendo de volta com a assinatura destes. Tinha falhas, como colegas batendo o ponto pelos outros, mas eram ações pontuais, quando flagrados, os responsáveis eram chamados ao Santanópolis.

O objetivo principal, os progenitores acompanhem a vida escolar dos filhos. Pode se arguir a dificuldade, tanto de pessoal, como dos pais, para que os Colégios Públicos exerçam este acompanhamento. Acho que falta criatividade e vontade. Poderia se usar a informática, um instrumental eficiente de comunicação. Que tal mandar SMS (torpedo), comunicando aos pais que seus filhos não vieram para a escola? Têm dever a fazer de tal matéria? Etc. Já existem Escolas particulares que utilizam métodos parecidos. Devemos ter em mente o projeto do Governo Federal de adoção dos Tabletes para estudantes da rede pública.

Não sentei para explorar todas as possibilidades dos equipamentos de informática a serem usados. Mas como sempre digo, será necessário pagar aos educadores, salários dignos e patrocinar cursos de reciclagem.

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