Evandro J. S. Oliveira |
Um dos problemas nas Escolas Públicas é a falta de controle
das crianças e adolescentes, quanto à frequência nas aulas. Nas Escolas
Particulares, adultos pais ou responsáveis, levam os alunos para o colégio e
vão buscá-los, seja por uma questão de segurança como também para certificarem-se
da presença. Em todas as escolas particulares, há porteiros, depois da entrada dos alunos, encerra o
acesso, só sendo liberados no final das aulas do turno, a não ser por uma
necessidade em que o responsável autorizado pede permissão á diretoria e quando
depois de analisado o problema, o aluno é dispensado. Sempre houve esta
preocupação, mesmo no tempo em que a cidade pequena era pacífica, não havendo a
apreensão com a segurança.
Lembro quando garoto e lia revista em quadrinhos, tinha um personagem, se não me engano nas tiras de Bolinha, era um caça gazeteiro, e aqui chamados filão.
Recordo um episódio de minha Tia
Catuca, já falei sobre ela em outra postagem, era aquela educadora que não se
restringia ao recinto do Santanópolis, se preocupava com a vida dos seus alunos
e da comunidade feirense em todos os aspectos. Mas voltemos ao caso: certa vez
deram por falta de alguns alunos nas salas de aula comunicando à Diretoria, Professora
Catuca averiguando o acontecido, constatou a falta, presumindo que pularam o
muro, perguntando aqui e acolá, chegou ao Cine Íris. Estava passando um filme
proibido para menores de dezoito anos, nas matinês do meio de semana não havia
fiscal do Juizado de Menores. Ela entrou chamou o gerente do cinema mandou
parar o filme e acender a luz, qual gerente teria o semblante de não
obedecê-la? Quando a plateia ficou iluminada, ela acompanhada do gerente,
caminhando pelo corredor e olhando a fila pelos dois lados, terminou
encontrando os seis filões, mesmos eles tentando esconder-se, escorregando na
cadeira. Estavam na mesma fila, fardados e entre o grupo encontravam-se o filho
dela Geraldo, meu primo, e eu. O meu castigo foi dois meses sem ir ao cinema
nos fins de semana.
Mas o Colégio foi expandindo,
como também a cidade e Catuca não mais existia, e então teve que se adaptar às
novas realidades. Foram adotado as cadernetas, exemplo compartilhado no facebook de Hamilton Bacelar, (ao lado).
Trabalhei como auxiliar, controlando as cadernetas, carimbando-as. Posteriormente,
instalou-se um relógio com cartão de
ponto com nome dos alunos, marcando a entrada e saída, enviada aos pais no
fim do mês, recebendo de volta com a assinatura destes. Tinha falhas, como
colegas batendo o ponto pelos outros, mas eram ações pontuais, quando
flagrados, os responsáveis eram chamados ao Santanópolis.
O objetivo principal, os progenitores
acompanhem a vida escolar dos filhos. Pode se arguir a dificuldade, tanto de
pessoal, como dos pais, para que os Colégios Públicos exerçam este
acompanhamento. Acho que falta criatividade e vontade. Poderia se usar a
informática, um instrumental eficiente de comunicação. Que tal mandar SMS
(torpedo), comunicando aos pais que seus filhos não vieram para a escola? Têm
dever a fazer de tal matéria? Etc. Já existem Escolas particulares que utilizam
métodos parecidos. Devemos ter em mente o projeto do Governo Federal de adoção
dos Tabletes para estudantes da rede pública.
Não sentei para explorar todas as
possibilidades dos equipamentos de informática a serem usados. Mas como sempre
digo, será necessário pagar aos educadores, salários dignos e patrocinar cursos
de reciclagem.
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