Vestibular da Universidade da Bahia
cobrou dos candidatos
a interpretação do seguinte trecho de
Camões:
'Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer '.
Uma vestibulanda baiana de 17 anos, interpretou:
'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!'
A Vestibulanda conquistou nota máxima:
pela
originalidade, pela estruturação dos versos,
das rimas insinuantes, e também
foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos,
alguém diagnosticou o problema de
Camões, como "falta de amor, falta de mulher".
O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder.
"William
Shakespeare"
Recebi e-mail de Julio Motta. Não verificamos a origem. Como é muito interessante, a possibilidade de não ter sido no vestibular e nem criada por uma baiana, não invalida a criatividade.
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