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O poeta e professor Raymundo Luiz Lopes conversa om o líder espírita feirense, o médium Divaldo Pereira Franco, colhendo um importante depoimento sobre diversos aspectos, como a distância que separa determinados movimentos ligados à doutrina espírita. Ele fala também sobre política e deixa uma mensagem reconfortante: “Ame em qualquer circunstância”. Raymundo Luiz é o autor da proposta que redundou na homenagem a esta ilustre figura feirense como parte das comemorações pelo Jubileu de Prata e pelos 26 anos da UEFS.
Divaldo Franco |
Divaldo Franco – O Espiritismo possui todos os requisitos para reverter a atual crise que assola a Humanidade. Fundamentado em fatos, enriquecido por uma filosofia otimista e portador de uma ética moral de consequências religiosas, oferece pautas e diretrizes que, observadas, modificariam para melhor o homem individualmente e a sociedade como um todo, alternando o destino da Humanidade e proporcionando-lhe alcançar a meta da plenitude que lhe está destinada.
RL – Qual a proposta do seu Projeto da Paz?
DF – A nossa proposta de paz tem por meta despertar a criatura para os valores que lhe dormem no íntimo e que devem ser transformados em sementes de luz, assim superando as paixões, os instintos agressivos e as heranças do primarismo de onde veio, estabelecendo liames da vera fraternidade, que leva a paz.
RL – Fale-nos sobre sua recente viagem ao exterior e sua percepção desses países visitados.
DF – Entre os dias 15 de maio e 18 de junho empreendemos, Nilson de Souza Pereira e nós, uma excursão doutrinária a 12 países europeus, que foi trabalhada durante todo o ano, desde a viagem anterior. Estivemos em 23 cidades divulgando o Espiritismo, visitando Instituições que criamos em viagens anteriores e colocando bases para outras que virão no futuro. Os países visitados foram Suíça, Áustria, República Tcheca e Eslava, Hungria, Suécia, Noruega, Itália, França, Grande Ducado de Luxemburgo, Holanda e Alemanha. Em todos eles o Movimento Espírita vem-se desenvolvendo com excelentes possibilidades de crescimento e realizações edificantes.
RL – Lembrando o menino Di – de Feira de Santana – e o professor primário da antiga Escola Normal desta cidade e o cidadão Divaldo Franco, missionário espírita, navegando pelo mundo, registre alguma mensagem de caráter religioso/filosófico/poético, tão própria de sua pessoa.
DF – A mensagem mais importante que eu penso poderia transmitir é a seguinte: Ame em qualquer circunstância, disputando a honra de ser você aquele que doa, que desculpa, que constrói o Bem. Se alguém não o ama, isso não é importante, mas quando você não ama, isso sim, é grave. Se alguém não gosta de você o problema é dele, mas, se é você quem não gosta eis que o problema é seu porque o aflige e o desconserta. Ame, pois sempre.
RL – O que a Casa Espírita deve fazer para não ser um ambiente fechado e ir à comunidade, construindo pontes entre os próprios centros, no sentido não somente religioso, mas de realizações no campo social?
DF – A Casa Espírita é uma oficina de realizações e uma escola de aprimoramento moral, sempre aberta a todos aqueles que anelam por melhores momentos e pelas realizações dignificadoras. Estar à disposição dos aflitos e dos edificadores é a tarefa a que se deve propor, jamais cerrando suas portas a quem, por qualquer motivo, não lhe participe da programação.
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