Nascida em Feira de Santana, é jornalista formada pela UFBA. Passou pelo Jornal A Tarde e Jornal da Bahia. Atuou também na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), como Assessora de Comunicação, e no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). Na mesma função, passou pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), onde trabalhou durante 13 anos. Com mais de quatro décadas no jornalismo, formação que lhe deu muito conhecimento e um grande rol de amigos, atualmente trabalha como freelancer na área de cultura, escrevendo artigos, resenhas de livros e novelas.
Nilton da Costa Falcão Santanopolitano Foi Inspetor do MEC para o curso de Contabilidade do Colégio Santanópolis |
Um grande coração, homem de fé, empresário audacioso, pecuarista desbravador, político sério, um exemplo a ser imitado. Assim era Newton da Costa Falcão. Se vivo estivesse, neste 22 de novembro estaria completando 100 anos. A data será lembrada com a celebração de uma missa em ação de graças na igreja Santo Antônio dos Capuchinhos, às 8h30min de domingo (22).
Devido a pandemia, as
homenagens serão restritas, além da missa, um vídeo está agendado para as 19h,
com depoimentos de familiares, seguido de live com parentes e amigos. Vários
outdoors serão colocados nas ruas centrais da cidade, com mensagens alusivas à
data.
Prefeito de Feira de Santana entre
1971 e 1972, uma rápida, é certo, porém marcante passagem pela vida pública. Um
político que mirava longe, dirigia seu olhar para o futuro grandioso da
Princesa do Sertão. À frente da Prefeitura Municipal soube honrar o voto que o
povo lhe conferira. Apesar das limitações políticas e financeiras a que foi
submetido, o que realizou em apenas dois anos foi surpreendente.
Começou recompondo as finanças
municipais e defendendo a ordem nas contas públicas. Valorizou os servidores do
município, estendendo, a todos, o benefício do salário-mínimo, regularizando a
sua situação junto ao INSS e qualificando os quadros da Prefeitura.
Newton Falcão também modernizou a
gestão municipal e, com os olhos no futuro, criou o Centro Eletrônico de
Processamento de Dados. Era o início da informatização dos serviços
municipais. As realizações estenderam-se também na área da saúde,
educação, urbanização. Enfim, não restou em Feira, na cidade ou no campo, setor
ou área que não tivesse merecido a sua atenção especial.
Filho de João Marinho Falcão, dele
herdou o senso de responsabilidade, dignidade e ética profissional, predicados
que exercitou por toda vida. Como cidadão, não se conteve nos limites do
idealismo, do comodismo de um observador indiferente. Não mesmo. Tanto é assim
que participou, ativamente, do cotidiano da sua cidade e trabalhou pela
melhoria das condições de vida da sua gente. Como afirmou o primo e amigo,
Joselito Amorim, “Newton defendia e amava a sua Feira – a nossa Feira- como ninguém”.
Ainda jovem, incluiu-se entre
os fundadores do Fluminense Futebol Clube e do Feira Tênis Clube. Dirigiu o
Rotary Clube Feira de Santana e promoveu a criação do Rotary Clube Feira Leste.
Presidiu a Associação Comercial de Feira de Santana e somou na implantação da
Câmara de Dirigentes lojistas. Lutou pela consolidação da Santa Casa de
Misericórdia e contribuiu, decisivamente, para a instalação da Diocese de Feira
de Santana e para realização de inúmeros serviços cristãos e comunitários.
No convívio em família, constituiu
sempre um referencial de amor, generosidade e respeito. Nos negócios, na vida
social, nas lides políticas, ainda que não se afastasse facilmente dos seus
pontos de vista, respeitava as ideias dos que lhe fizessem oposição.
Na visão de Osvaldo Torres, era
um servidor. Segundo ele, Tuca, como era conhecido entre os mais chegados,
“nunca negou um favor, uma palavra, um conselho, um aval. Naquele jeito
grandalhão e cheio de autoridade escondia um coração de criança grande,
sensível e paternal”.
Por tudo isso, Newton Falcão merece
todas as homenagens, que lhe são prestadas nesse dia tão especial em que se
comemora o seu centenário de nascimento.
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