Cironaldo Santos |
Não poderia deixar de abrir um espaço em nosso Editorial
Semanal, para registrar com muito sentimento, o falecimento de uma pessoa muito
especial, influente em sua vastíssima roda de amigos que ele conquistou ao
longo dos seus 80 anos de vida, um otimista por natureza, sempre com uma
palavra de incentivo na ponta da língua, um “AMIGO DE FÉ IRMÃO CAMARADA”, como
bem diz o cantor Roberto Carlos em uma de suas inúmeras canções, pronto para
servir sob qualquer das circunstâncias.
Estamos falando de Messias Almeida Portugal, um companheiro
desportista que conheci muito novo, que veio a se tornar ao longo da minha vida
e a primeira vista, um dos meus grandes amigos. Messias foi um dos, senão o
principal ciclista feirense que ganhou projeção nacional, ao vencer várias
corridas realizadas ao final da década de 50 inícios dos anos 60 do século
passado, concorrendo com ciclistas renomados a nível nacional, nos eventos
promovidos na BR-324 pelo saudoso empresário, Paulo Cordeiro.
Mais foi no São Paulo (foto à direita), clube do futebol amador feirense, que
chegou a disputar a 2ª divisão do campeonato baiano de futebol profissional,
que marcou o seu nome pra valer na história do futebol amador da cidade. No São
Paulo Messias foi de tudo um pouco, fundador, diretor, jogador, roupeiro,
massagista, cobria qualquer lacuna que houvesse no clube. Foi ele que nos apresentou
e abriu caminho para que ingressasse no clube mais fechado da cidade na época.
Não era qualquer um pelo simples fato de saber jogar bola que se credenciava
para participar do grupo. O clube era formado por uma turma seleta de
desportistas, a maioria dono de seus próprios negócios, estudantes, ou com
empregos fixos com destaque na praça. O que tornou o São Paulo conhecido como o
time da “ELITE” de Feira de Santana, bastante cotado para disputar de jogos
amistosos nas cidades circunvizinhas a Feira de Santana.
Da esquerda para a direita: Leopoldo, Paixão, Sandoval, Castro Alves, Fernandinho Andrade Antônio Josino, e Galo. Agachados: Bueirinho, da barbearia, Vermelhinho, Estrangeiro, Jorge Pinho, e Messias |
Foi com o incentivo e com o que aprendemos com Messias que
motivou a nós e Luiz Carlos Gomes (Lula), outro nome destacado nas fileiras do
clube, tanto como jogador, como colaborador, que nos sentimos motivados para,
com o apoio dos saudosos médicos: Wilson Falcão e Augusto Mathias nos cederam
por empréstimo à área de propriedade da Santa Casa, vizinho ao hospital D.
Pedro e, também, com a colaboração do diretor do Derba, engenheiro Amaury
Simões, que desmatou e patrolou área fazendo surgir o que veio a se tornou o
famoso “CAMPO DO SÃO PAULO”.
Na foto, a turma mais antiga que fincou um marco sólido na
trajetória do São Paulo durante décadas em Feira de Santana e região, uma
verdadeira seleção, um conjunto de jogadores que incentivou uma grande meninada
da época pela prática do futebol, que tinha sido projetado ainda mais com a
vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1958.
Lá pelas bandas de 1959 do século
passado.
Caro amigo Ciró,
ResponderExcluirMesmo tendo a certeza da morte, nunca estamos preparados para ver a parida de alguém querido. O que nos consolam são as boas lembranças e a crença de que esse alguém está em um plano melhor, cumprindo assim mais um ciclo da sua trajetória.
Agradeço ao amigo pela lembrança e homenagem, e pelo grande carinho e admiração como se referiu a Messias, nosso irmão, empresário e desportista querido por todos desta cidade. Essas homenagens confortam o coração da família e amigos.
Forte Abraço!
Nadinho
Naldinho, como pediu, exclui seu comentário, porque estava como anônimo. O de cima é o correto.
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